Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Polícia do RJ investiga queima de estátua centenária de Pedro Álvares Cabral

    Conta apócrifa recém-criada divulgou imagem da estátua em chamas no Twitter

    Estátua de Pedro Álvares Cabral foi icendiada no centro do Rio de Janeiro na madrugada da terça-feira (24)
    Estátua de Pedro Álvares Cabral foi icendiada no centro do Rio de Janeiro na madrugada da terça-feira (24) JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

    Camille CoutoPedro Duranda CNN no Rio de Janeiro

    Sobre as colunas de concreto da estátua de Dom Pedro I ficaram as marcas do fogo. Como boa parte dos monumentos do centro Rio de Janeiro, a estátua de Pedro Álvares Cabral já tinha sinais de má conservação antes mesmo do incêndio. Diferentemente de outras na região, a estátua está em uma área sem proteção, onde há muita sujeira e moradores de rua. Ela foi incendiada na madrugada desta terça-feira (24).

    Logo depois do registro da ocorrência na 9ª delegacia do Rio de Janeiro, no bairro do Catete, a Polícia Civil já abriu um inquérito e passou a buscar imagens e testemunhas que ajudassem a encontrar suspeitos de terem ateado fogo no monumento histórico. O registro da ocorrência foi feito pela prefeitura.

    O monumento “Descobrimento do Brasil” tem esculturas representando Pedro Álvares Cabral, Pero Vaz de Caminha e frei Henrique de Coimbra. A imagem do descobridor do Brasil sobre um cavalo e com uma bandeira não parece ter sido afetada pelas chamas, diferentemente da escadaria e da base de concreto, que ficaram pretas e com marcas do fogo. A estátua foi inaugurada em 13 de maio de 1900 para comemorar o quarto centenário da chegada de Cabral.

    A peça é assinada pelo escultor mexicano naturalizado brasileiro Rodolfo Bernardelli. Sobre um pedestal de granito aparecem três figuras em bronze: em destaque, Pedro Álvares Cabral, tendo atrás Pero Vaz de Caminha e Frei Henrique Soares de Coimbra. A escultura foi fundida na oficina Thiebaut, em Paris, e depois trazida para o Rio.

    Em nota, a prefeitura disse que a “Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, começou na terça mesmo o trabalho de limpeza da peça e está avaliando a extensão dos danos causados pelo fogo”. O texto enviado para comentar o caso traz ainda uma fala da secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco.

    “É lamentável que algo assim aconteça. Monumentos e chafarizes fazem parte da paisagem da cidade e pertencem a todos os cidadãos. Não basta a Conservação zelar por eles, é preciso que a sociedade também faça seu papel e ajude a preservá-los”, afirma a chefe da pasta municipal.