Polícia deve concluir até terça inquérito sobre paciente estuprada durante cesariana
Após conclusão, um novo inquérito será aberto para apurar conduta de anestesista em outros procedimentos
A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento a Mulher de São João deve concluir até terça-feira (19) o inquérito aberto para investigar o estupro de uma grávida durante o parto no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Durante a semana passada a polícia ouviu pacientes, familiares de pacientes e funcionários do hospital onde o médico Giovanni Quintella trabalhava.
Fontes da Polícia Civil também afirmaram que todos os vídeos gravados durante a cirurgia do último domingo (10) já foram analisados e são considerados a parte mais importante da investigação. O material coletado por funcionários do hospital que foi usado pelo médico durante a cirurgia do último domingo (10) segue sendo analisado.
Os vídeos que mostram o momento em que Giovanni abusa sexualmente de uma paciente desacordada foram feitos por um celular de uma funcionária do hospital que decidiu esconder o aparelho dentro de um armário. Integrantes da equipe de enfermagem já vinham desconfiando do comportamento do anestesista e da quantidade de sedativos usados nas cesarianas.
Giovanni Quintella foi denunciado pelo Ministério Público e a Justiça acatou a decisão. O anestesista vai responder como réu pelo crime de estupro de vulnerável contra uma mulher que havia acabado de passar por uma cesariana. Ele tem 10 dias para apresentar a defesa.
Além da vítima que foi filmada, a Polícia Cicil vai abrir uma nova investigação para apurar a conduta do médico nos partos de outras pacientes. Só em um hospital de Mesquita Giovanni participou de 44 procedimentos.
Giovanni segue preso em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da capital. A CNN tenta localizar a defesa do anestesista.