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    O que se sabe até agora sobre o ataque em escola de São Paulo

    Uma professora de 71 anos foi morta; outras quatro pessoas ficaram feridas

    Da CNN

    em São Paulo

    Na manhã de segunda, um adolescente de 13 anos matou uma professora a facadas e feriu outras quatro pessoas no local.

    Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, foi esfaqueada pelas costas, sem chance de defesa. O garoto atacou ainda outras três professoras e dois alunos antes de ser detido pela polícia. Eles não correm risco de vida, de acordo com as autoridades paulistas.

    Segundo apuração da CNN, o agressor costumava proferir ataques racistas e já havia discutido com colegas anteriormente, inclusive os ameaçando.

    A polícia informou que 32 pessoas foram ouvidas até o momento, restando uma professora, que está machucada. O aluno deve deixar a delegacia ainda nesta segunda e ir para uma vara da Infância e Juventude. Depois, seguirá para a Fundação Casa.

    O que se sabe sobre o caso

    Por volta das 07h20 desta segunda, um jovem de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na zona oeste de São Paulo.

    A vítima, identificada como Elisabeth Tenreiro, tinha 71 anos. Ela era uma defensora aguerrida da ciência, matéria que lecionava na instituição de ensino, e das causas dos professores.

    Segundo a filha, Elisabeth começou a lecionar na Escola Estadual Thomazia Montoro, onde ocorreu o atentado, neste ano.

    Antes, a professora trabalhou, por décadas, no instituto Adolf Lutz, vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo. Ela ingressou no instituto na década de 1970, e se aposentou para dar aulas

    A educadora também era muito querida dentro e fora da sala de aula, e deixa três filhos e quatro netos.

    Uma das filhas da vítima, que não quis se identificar, falou à CNN sobre o carinho dos estudantes com a mãe. “O meu cunhado, que levava ela todo dia para dar aula, disse que a hora que ela chegava ali na escola, os alunos mesmo que vinham e abraçavam, ela era muito muito querida nessa escola, era um negócio impressionante (sic)“, contou.

    O secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, falou nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, o que conversou com a família da vítima.

    “Eles me pediram que a gente tomasse medidas para evitar novos ataques, então isso que a gente tá focando. Medidas estratégicas que a secretaria vai fazer de ampliação e combate à violência”, observou Feder.

    De acordo com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o adolescente feriu ainda outras três professoras e um aluno. Um jovem precisou receber atendimento após ficar em estado de choque.

    Elas não correm risco de vida, conforme informou o secretário.

    Uma professora de Educação Física foi responsável por imobilizar o garoto e interromper o ataque.

    Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que a professora se aproxima do agressor enquanto ele esfaqueia outra mulher numa sala de aula.

    Ao perceber o ataque, a professora agarra o aluno pelo pescoço e o afasta da vítima. Em seguida, ela conta com a ajuda de outra mulher para desarmar o agressor. A ação foi descrita como “heroica” por Derrite.

    O aluno que matou uma professora na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, foi internado na unidade da Fundação Casa do Brás, na região central. Antes, ele esteve Instituto Médico Legal (IML).

    Na terça-feira (28) ele deve ser ouvido pela Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

    Em seu depoimento no 34° Distrito Policial da Vila Sônia nesta segunda-feira, o jovem chamou atenção por sua frieza. Segundo o delegado Marcos Vinícius Reis, o adolescente “não demonstrou muita emoção” durante o depoimento. Ele falou na presença dos pais e de advogados e admitiu ter cometido os ataques.

    A Polícia Civil de São Paulo começou a colher depoimentos de professores e alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro.

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou pesar em publicação no Twitter após o ataque.

    “Não tenho palavras para expressar a minha tristeza. O adolescente de 13 anos já foi apreendido e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares”, disse o governador.

    O ministro da Educação, Camilo Santana, também se solidarizou com os familiares e amigos dos professores e estudantes feridos.

    “Acompanho com consternação o episódio de violência ocorrido na Escola Estadual Thomazia Montoro, na cidade de São Paulo. Manifesto minha solidariedade aos familiares e amigos dos professores e estudantes feridos no ataque, colocando o MEC à disposição da Secretaria de Educação e do Governo do Estado para colaborar no que for possível”, escreveu nas redes sociais.

     

    (Publicado por Lucas Schroeder)