Polícia Civil pede apoio do Exército para retirar corpos de garimpeiros mortos em reserva Yanomami
De acordo com a investigação realizada pela Delegacia de Alto Alegre, o ataque que teria resultado em três mortes aconteceu no dia 8 de fevereiro
A Polícia Civil de Roraima solicitou apoio do Exército do Brasil para resgatar os corpos de três garimpeiros que foram mortos em uma área da reserva Yanomami, na área do garimpo de Parima, região do município de Iracema, no dia 8 de fevereiro.
De acordo com as investigações, conduzidas pela Delegacia de Alto Alegre, as mortes aconteceram após um suposto ataque indígena que aconteceu por volta das 15h, na área de garimpo entre a localidade de Parima e Dicão. As vítimas foram identificadas como Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizangela Pessoa da Silva, de 43 anos.
A delegada-geral interina da PCRR, Darlinda Viana, disse que a Polícia Civil tomou conhecimento do caso apenas na segunda-feira (12), quando os familiares dos garimpeiros registraram um boletim de ocorrência. “No mesmo dia iniciamos as tratativas junto ao Exército, em Boa Vista. Na manhã seguinte, formalizamos ofício ao CMA e estamos aguardando resposta para que as equipes de segurança do Estado possam ir até a região”, explicou a delegada-geral.
Na quinta-feira (15), familiares das três vítimas se reuniram com a delegada-geral e a diretora do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (DPJI), Cândida Magalhães, para saber sobre a logística do resgate dos corpos, considerando que a área em que os corpos estão é remota e de difícil acesso.
“Estamos articulando a logística para que possamos ir à região. Como esclarecemos, trata-se de uma região que apresenta desafios logísticos para as equipes de resgate. Mas o Governo, por meio da Polícia Civil, está empenhado em superar essas adversidades e garantir que os corpos sejam recuperados com dignidade e respeito às famílias enlutadas”, disse Darlinda.
Em nota, a Polícia Civil informou que, na sexta-feira (16), realizou a entrega do ofício físico ao Comando Militar da Amazônia.
A CNN entrou em contato com o Exército, mas não obteve retorno.
*Sob supervisão