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    Investigação mira policiais envolvidos com Ronnie Lessa, acusado no caso Marielle

    Segundo a Polícia Civil do Rio, os seis PMs participariam, como Lessa, de um esquema de compra e venda de armas, máquina caça-níqueis e drogas

    Carro da Polícia Civil do Rio de Janeiro
    Carro da Polícia Civil do Rio de Janeiro Foto: Ricardo Pereira - 09.jul.2020 / CNN

    Camille CoutoThayana Araújoda CNN

    no Rio de Janeiro

    Seis policiais militares ligados a Ronnie Lessa, homem apontado pelo Ministério Público como responsável pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, são alvos de uma operação no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (07).

    A ação foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com apoio da Corregedoria da Polícia Militar e tem como objetivo cumprir 21 mandados de busca e apreensão.

    De acordo com nota da Polícia Civil do Rio, “esta ação é um desdobramento do inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle e de seu motorista Anderson”.

    Os supostos crimes praticados por esse grupo foram descobertos pelos investigadores durante o inquérito que apurava os assassinatos, resultando, em março de 2019, na prisão de Lessa, um ano após os homicídios da vereadora e do motorista dela.

    Segundo as investigações, esses seis PMs, que não teriam envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson, participariam como Lessa de um esquema de compra e venda de armas, máquina caça-níqueis e drogas. Em um dos endereços, alvo da operação, foram apreendidos dinheiro e armas. Cerca de 100 policiais participam da ação.

    À CNN, a defesa de Ronnie Lessa, ao tomar conhecimento da operação, informou que não vai se manifestar e não pode falar pelos policiais alvos da operação. “Considerando isso, a gente não tem nada a opinar”.

    Lessa permanece preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Além de ser suspeito de matar a parlamentar, o PM reformado também é alvo de uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal por tráfico internacional de armas.

    Em uma investigação recente da PF do Rio, que desencadeou a operação Heat, Lessa foi apontado com homem que comprava armamento nos Estados Unidos. O material chegava ao Brasil através de contêineres e posteriormente distribuído para traficantes e milicianos.

    Ainda segundo as investigações da Polícia Federal, o dinheiro para a compra dessas armas era feito através de doleiros. A operação Heat, deflagrada em 15 de março deste ano, prendeu outros suspeitos de fazerem parte do esquema do PM reformado, e fez cumprir o mandado de prisão contra o próprio Lessa dentro do presídio.