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    Polícia Civil começa a colher depoimentos sobre acidente que matou Marília Mendonça

    Advogado da cantora foi o primeiro a ser ouvido; trabalho de perícia aeronáutica segue até este domingo

    Thayana AraújoPauline Almeidada CNN

    no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou neste sábado (6) a coleta dos depoimentos sobre o acidente aéreo que causou a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas. Segundo o delegado regional de Caratinga, Ivan Sales, a primeira pessoa a ser ouvida foi o advogado da família da artista, que prestou esclarecimentos sobre a empresa responsável pela aeronave e o contrato firmado para o uso.

    Agora, os policiais tentam encontrar testemunhas que viram a queda do veículo. “As equipes agora vão para as ruas para fazer a qualificação dessas pessoas [possíveis testemunhas”, disse o delegado.

    As equipes da Polícia Civil finalizaram a perícia no local, enquanto o trabalho das equipes do 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos seguem até este domingo (7). A investigação do caso ocorre em parceria entre os dois órgãos. Às autoridades policiais cabe responsabilizar possíveis culpados, enquanto o órgão da Força Aérea Brasileira tenta identificar os fatores que influenciaram o acidente.

    “O trabalho da Polícia Civil é apontar a causa da morte das cinco vítimas, acompanhada do Cenipa sobre o que causou a queda do avião, se foi falha mecânica ou humana”, explicou à CNN.

    O delegado Ivan Sales informa que, neste sábado, também foram recolhidos materiais das vítimas, como o violão de Marília Mendonça. Todos os objetos seguem para o Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte para análise. A Polícia Civil vai aguardar os laudos de necropsia e também do local do acidente.

    Avião bateu em torre de cabo

    A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que o avião bateu em um cabo de uma torre de distribuição de energia em Caratinga. Em coletiva à imprensa nesta manhã, o delegado Ivan Sales foi questionado se o fato influenciou a queda.

    “Têm 20 e poucos anos que resido aqui em Caratinga e eu nunca recebi essa informação [de reclamação dos pilotos sobre as torres de energia]. É fato que eu não sou da área, não frequento aeroporto aqui, mas eu nunca ouvi nenhum comentário de pilotos amigos, de proprietários de aviões aqui nesse sentido, fazendo reclamação nesse sentido. O que eu sei, o que a gente pode afirmar, é que o aeroporto não é balizado, então por isso não opera em horário noturno e em condições climáticas não favoráveis. Mas essa questão da fiação, eu penso que de fato foi um acidente, que não é uma reclamação comum aqui”, disse.

    A Cemig, em nota divulgada neste sábado, divulgou que a linha de distribuição atingida pela energia está “fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga” e que “segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos”.

    As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia novamente lamenta esse trágico incidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas.