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    Polícia apura desvio de rio e obras ilegais em área protegida da Mata Atlântica

    Operação investiga desmatamento e intervenções irregulares no Corredor Ecológico da APA Aldeia-Beberibe, na região metropolitana do Recife

    Gabriela Bentocolaboração para a CNN , no Recife

    A Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investigam o desvio do curso de um rio e o desmatamento de Mata Atlântica em uma área do Corredor Ecológico da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, na região metropolitana do Recife.

    Obras irregulares, como piscinas e muros de arrimo, foram identificadas entre um haras e um sítio na Estrada da Mumbeca, na zona norte do Recife.

    A Operação Diversitas, deflagrada no dia 12 e divulgada nesta terça-feira (19), levou nove pessoas a prestar depoimento. A ação teve início após denúncia do grupo APA Aldeia-Beberibe, que apontou graves violações ambientais na região.

    A operação apura intervenções ilegais no Rio Riacho da Mina, afluente do Rio Paratibe, e o desmatamento de 0,26 hectares de Mata Atlântica, em desacordo com o Código Florestal.

    A denúncia, apresentada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital (Meio Ambiente) através do grupo ambientalista APA Aldeia-Beberibe, destacou as irregularidades em uma área de alta relevância ecológica.

    O Corredor Ecológico da APA Aldeia-Beberibe cobre mais de 31 mil hectares e é essencial para a preservação da biodiversidade. A área abrange partes de Camaragibe, Recife, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Araçoiaba, São Lourenço da Mata e Paudalho.

    Coordenada pela Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DEPOMA), a operação contou com o apoio de órgãos ambientais, como a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Brigada Ambiental da Prefeitura do Recife.

    As investigações se concentram em dois alvos principais: construções em andamento, que levaram à supressão de vegetação nativa, e propriedades vizinhas a um haras, supostamente pertencentes a diferentes donos. Segundo a Polícia Civil, pedreiros flagrados nas obras foram ouvidos para auxiliar na identificação dos responsáveis.

    No total, nove pessoas – oito homens e uma mulher – foram conduzidas à DEPOMA para prestar depoimentos.

    De acordo com a polícia, as investigações seguem em andamento para avaliar a extensão dos danos ambientais e responsabilizar os envolvidos. O material apreendido será analisado e novas diligências podem ser realizadas.

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