Podemos falar duas palavras para os pais no momento: vacina e escola, diz pediatra
Ana Escobar diz que vacinas são essenciais para conter a pandemia, a onda da variante Ômicron de demais cepas que podem surgir


A pediatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Ana Escobar declarou, nesta segunda-feira (7), em entrevista à CNN, que os pais de crianças devem optar, no momento, pela vacinação contra a Covid-19 e pela volta às aulas presenciais.
“Acho que o mais importante que podemos falar para os pais neste momento são duas palavras: vacina e escola. Essas palavras são absolutamente essenciais para as crianças. Pais, vacinem seus filhos acima de cinco anos. As vacinas são essenciais para a gente conter a pandemia e essa onda da Ômicron e essas variantes que estão aparecendo”, afirma Escobar.
“É essencial que as crianças fiquem protegidas no ambiente escolar. As escolas são um ambiente seguro, na medida em que as crianças são as primeiras que cumprem a risca essas medidas de proteção. As crianças são capazes de ficar de máscara, de seguir a orientação de distanciamento. As escolas têm seus professores e funcionários vacinados, ambientes arejados dentro da capacidade de cada uma, mantendo um distanciamento principalmente na hora do lanche”, continua
Segundo levantamento da Agência CNN, ao menos sete estados retomaram as aulas de forma presencial nesta segunda-feira: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Alagoas, Bahia, Rondônia e Roraima.
A Paraíba irá voltar em sistema híbrido, com ensino presencial e remoto. No Maranhão, apenas as escolas de tempo integral voltaram hoje. As demais, de período parcial, devem ter retorno no dia 14 de fevereiro.
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Porto Alegre (RS) • Cristine Rochol/PMPA
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Vacinação de crianças com a Coronavac em São Paulo • Governo do Estado de São Paulo
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Recife (PE) • Iggor Gomes/PCR
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Jundiaí (SP) • Pedro Amora/Prefeitura de Jundiaí
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Recife, em Pernambuco, começa a vacinar crianças contra a Covid-19 • Reprodução/Lula Carneiro/PCR
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Distrito Federal • Sandro Araújo/Agência Saúde DF
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 em São Luís (MA) • Prefeitura de São Luís
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São Paulo iniciou vacinação de crianças contra a Covid-19 no dia 14 de janeiro • Governo do Estado de São Paulo
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Vitória, no Espírito Santo • Gabriel/Werneck/PMV
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Crianças recebem vacina contra a Covid-19 em Maricá (RJ) • Prefeitura de Maricá
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Vacinação contra a Covid-19 em Taguatinga, no Distrito Federal • José Cruz/Agência Brasil
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no Ceará • Marcos Moura/Prefeitura de Fortaleza
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Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Rio de Janeiro (RJ) • Tomaz Silva/Agência Brasil
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Início da vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no Ceará • Divulgação
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Início da campanha de vacinação de crianças contra a Covid-19 em Aracaju, no Sergipe • Divulgação
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Salvador, na Bahia, dá início à vacinação de crianças contra a Covid-19 • Divulgação
Escobar diz que não há justificativa que se sustente para não imunizar o público infantil. A pediatra argumenta que mais de 100 milhões de crianças foram vacinadas, sem efeito colateral ou reação grave.
“O filho de vocês não vai ser cobaia”, alega. “A plataforma da vacina da Coronavac já é conhecida e já tem vários adultos e crianças que já receberam vacinas semelhantes, como a da hepatite A e da gripe. Não tem sentido terem medo de algum efeito que possa surgir lá na frente em relação à vacina.”
Segundo a médica, “a vacina evita que as crianças vão parar na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]”. Ela explica que houve um grande aumento de internações em UTIs pediátricas em fevereiro, motivadas pela variante Ômicron. A cepa faz com que o público infantil precise ser internado ao mesmo tempo, principalmente quem ainda não foi imunizado.