Adiamento do Censo afeta políticas públicas e planejamento de gastos no Brasil
Na última sexta-feira (23), o Ministério da Economia decretou oficialmente que não pretende destinar recursos para a realização do Censo Demográfico em 2021. A falta de verba poderia impedir que o levantamento, considerado um verdadeiro raio-x da população brasileira, seja conduzido. Nesta quarta (28), no entanto, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo federal adote medidas voltadas à realização do Censo.
O novo Orçamento, sancionado há poucos dias pelo presidente Jair Bolsonaro, prevê um corte de 96% dos recursos previstos para o Censo — de R$ 2 bilhões, caiu para R$ 71 milhões. Mesmo antes do texto passar pela sanção, entidades que atuam pela transparência, a atual direção do IBGE e ex-presidentes do instituto já alertavam para os riscos de um novo adiamento do Censo, que também tinha sido suspenso no ano passado, por causa da pandemia.
Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone aborda os efeitos da decisão de não realizar o levantamento neste ano. Ao lado de Paulo Rabello, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela discute os impactos da suspensão do Censo na formulação de políticas públicas. Rabello explica o que torna o Censo um retrato mais fiel do Brasil do que outras pesquisas e avalia as consequências do adiamento em tempos de pandemia. Também participa do episódio Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju (SE) e presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Nogueira fala sobre como o levantamento é importante para os munícipios e como não contar com o Censo prejudica o planejamento das administrações locais.
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