Corte de verbas de universidades federais terá impacto em pesquisa e ensino
Dezenas de universidades públicas estão com as finanças ameaçadas, e os riscos são iminentes e preocupantes. Na última semana, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, a Andifes, anunciou que o repasse para as universidades federais sofreu um corte de 18,16% em relação ao ano passado e que algumas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, podem até fechar as portas se o orçamento destinado a elas não for desbloqueado.
Do outro lado, o Ministério da Educação argumenta que o bloqueio é consequência dos cortes que a pasta sofreu no Orçamento de 2021, e que “o MEC tem não tem medido esforços nas tentativas de recomposição e/ou mitigação das reduções orçamentárias das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior)”.
Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone fala sobre os riscos que o corte na verba destinada às universidades federais representa para a pesquisa e o ensino no país, especialmente no contexto da pandemia. Participa do episódio o professor Otaviano Helene, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e ex-presidente do Inep.
Otaviano, que também se especializou em financiamento de universidades públicas, analisa qual seria o destino do orçamento discricionário nas federais e fala sobre o financiamento privado na pesquisa, sugestão levantada recentemente pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na segunda parte do episódio, a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (CEIPE-FGV), Claudia Costin, avalia também os riscos de aulas permanentemente à distância no ensino superior.
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