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    PMs envolvidos na morte de Kathlen Romeu serão ouvidos pela justiça militar

    Ao todo, 5 policiais militares vão prestar depoimento sobre a acusação de terem fraudado a cena do crime; Kathlen Romeu foi morta em 2021, após levar um tiro de fuzil no Rio de Janeiro

    Cleber RodriguesGiovanna Bronzeda CNN , Rio de Janeiro e São Paulo

    A Justiça Militar vai ouvir na tarde desta terça-feira (23), cinco policiais militares acusados de envolvimento na morte da modelo e designer de interiores Kathlen Romeu, em junho de 2021, no Rio de Janeiro.

    Na audiência de hoje, os PMs vão prestar depoimento no âmbito da investigação de fraude processual e falso testemunho.

    De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), após a morte da modelo, no Complexo do Lins, na zona norte da capital, os policiais teriam inserido cartuchos deflagrados e um carregador de fuzil na cena do crime.

    Durante a audiência, serão interrogados o capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3° sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano.

    A CNN tentou contato com a defesa de todos, mas só obteve o retorno da defesa de Marcos da Silva Salviano.

    Em nota, os advogados do PM afirmaram que o depoimento será prestado com total lisura e clareza. A defesa também afirmou que Marcos sempre teve uma conduta ilibada e sem qualquer mácula.

    O caso

    Kathlen Romeu, de 24 anos, foi morta no dia 8 de junho de 2021, atingida por um tiro de fuzil no peito. Ela estava grávida de 3 meses. Segundo a denúncia, o disparo saiu da arma de policiais militares.

    A modelo havia se mudado do Complexo do Lins recentemente, por causa da violência, mas retornou ao local para visitar a família.

    Na época do crime, a PM afastou 12 policiais envolvidos na morte de Kathlen e afirmou que os disparos foram feitos durante um confronto com traficantes.

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