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    PM mata 40° suspeito após policial ser baleado em operação na Baixada Santista

    Equipes voltaram para o mesmo local em que um agente havia sido ferido momentos antes

    Marcos Guedesda CNN , São Paulo

    Um suspeito de 47 anos morreu após um sargento da Polícia Militar ser baleado em uma troca de tiros na tarde de ontem (9), durante a Operação Verão, no Morro José Menino, em Santos, litoral paulista. O número de mortos em confrontos com a polícia chega a 40 desde o início da operação.

    A ação fazia parte da fase 3 da Operação Verão, iniciada em dezembro de 2023. De acordo com a PM, por volta das 13h30, em uma incursão na área de comunidade santista, os policiais da companhia de ações especiais foram recebidos a tiros por suspeitos armados.

    A PM informou que na ocorrência, o policial foi atingido por dois disparos no braço e precisou ser socorrido na Santa Casa de Santos. Na continuidade da operação, outras equipes foram deslocadas para o local “para tentar identificar os envolvidos, que fugiram”, segundo nota.

    Ainda de acordo com a PM, nessa nova entrada na comunidade, os policiais foram recebidos a tiros, sendo que revidaram e atingiram o suspeito, que morreu no local. Um revólver calibre .38 e dois celulares que estariam com o homem foram apreendidos. A área foi preservada e foi solicitada perícia no local.

    A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso será investigado pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário.

    A pasta contabiliza a prisão de 881 suspeitos durante a Operação Verão, incluindo 337 procurados pela Justiça. Ao todo,  617 quilos de drogas foram apreendidos, além da apreensão de 90 armas ilegais, como fuzis de uso restrito das forças armadas.

    Denúncias contra ações no litoral

    O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, foi denunciado na última sexta-feira (8) ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça). Ele é acusado de promover a escalada da violência policial na Baixada Santista, durante a Operação Verão.

    Em resposta, o governador ironizou as denúncias. Durante coletiva concedida na sexta-feira (8), ele disse que não estava “nem aí”. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, afirma o governador, concluiu o governador.

    Na última quinta-feira (7), o Ministério Público de São Paulo (MPSP), abriu uma notícia de fato, nesta quinta-feira (7), para investigar a denúncia de que policiais militares teriam levado suspeitos já mortos para hospitais de Santos como se eles ainda estivessem vivos.

    Segundo o MP-SP, as irregularidades teriam acontecido durante a Operação Verão, que teve a segunda fase deflagrada no começo de fevereiro após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, também em Santos.

    O governador também comentou as denúncias de irregularidades e afiromou que haveria apuração dos fatos.

    “Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém. Nós tínhamos lá uma série de barricadas, na baixada, que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem”, disse.

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