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    PM diz que não deixará de usar bean bags após morte de torcedor do São Paulo

    Rafael Garcia, de 32 anos, morreu no domingo (24) atingido por uma munição do mesmo tipo, segundo laudo preliminar da Polícia Civil

    João Victor AzevedoLeonardo Rodriguesda CNN , São Paulo

    O uso das munições bean bags não será interrompido em São Paulo, disse a Polícia Militar à CNN nesta sexta-feira (29).

    No domingo (24), o torcedor do São Paulo Rafael Garcia, de 32 anos, morreu após ser atingido por uma bala do tipo nos arredores do estádio do Morumbi, onde comemorava a Copa do Brasil, segundo laudo preliminar da Polícia Civil.

    Ele tinha deficiência auditiva e era membro da ala de pessoas portadoras de deficiência da torcida organizada “Independente”.

    As bean bags são balas de menor potencial ofensivo adotadas pelas autoridades para substituir gradativamente as balas de borracha, em situações que envolvem a dispersão de tumultos ou contenção de multidões. São Paulo é o primeiro estado brasileiro a aderir ao armamento, de uso exclusivo da polícia.

    Na quinta-feira (28), a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que esse tipo de projétil foi usado na aglomeração de torcedores em que Rafael estava. A PM instaurou um inquérito para apurar eventuais excessos dos agentes.

    Em perícia no local, foram encontradas “três ou quatro outras munições do tipo que atingiu a vítima”, disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Aparentemente, ele “foi alvo de um tiro reto, que não teve desvio em nada, e muito próximo”, afirmou.

    O protocolo da corporação estabelece que um disparo com a bala tem de ser feito a uma distância mínima de 6 metros, para evitar grandes danos.

    Vídeo: Nova munição da PM pode ter matado torcedor são-paulino

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