PF vê aumento no número de pedidos de refúgio no Brasil; veja países que lideram
A maioria dos pedidos de refúgio no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, é feita por pessoas da Índia, Vietnã e Nepal
A Polícia Federal informou nesta quarta-feira (21) que registrou um aumento no número de solicitações de refúgio recebidas em agosto na comparação com os meses anteriores. Diante desse quadro, o governo decidiu adotar medidas para restringir a entrada.
Entre janeiro e julho, a PF diz ter recebido 5.428 solicitações de refúgio –o que equivale a uma média de 25 pedidos por dia. Entre os dias 1º e 21 de agosto, foram 864 solicitações. Ou seja, uma média de 41 requerimentos por dia.
“A Polícia Federal informa que desde o mês de julho vem sendo observado um incremento no fluxo de viajantes que chegam em trânsito internacional mas deixam de seguir viagem, optam por não regressar ao país de origem, não podendo ingressar no Brasil por falta de visto. Dessa feita, em sua grande maioria, terminam por solicitar refúgio visando entrar no Brasil ainda que sem a documentação pertinente”, diz a corporação, em nota.
A PF diz que essa situação “vem resultando na presença de um grande contingente de viajantes impedidos de ingressar no país”. Até as 9h desta quarta, 481 estrangeiros estavam impedidos de entrar no Brasil.
“A Polícia Federal destaca que vem buscando otimizar processos e atuar em parceria com outras instituições visando maior celeridade e observância dos direitos humanos dos viajantes.”
De onde são os solicitantes
De acordo com a Polícia Federal, a maioria dos pedidos de refúgio no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, é feita por pessoas da Índia, Vietnã e Nepal. Veja abaixo:
“É importante ressaltar que praticamente todas estas as pessoas foram inadmitidas no controle migratório brasileiro por ausência de visto consular brasileiro que permita sua entrada em território nacional. Mas a maioria aqui consegue permanecer por solicitar o refúgio, pois lhe é entregue um protocolo de pedido que permite transitar em território brasileiro”, diz a PF.