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    PF realiza operação que investiga lavagem de dinheiro em licitações da Codevasf

    Policiais afirmam que foi constatado esquema criminoso de desvio de recursos públicos em processos licitatórios fraudulentos

    Operação Odoacro da Polícia Federal.
    Operação Odoacro da Polícia Federal. PF

    João RosaLéo Lopesda CNN

    em Brasília e São Paulo

    A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (20), a operação “Odoacro”, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

    De acordo com os policiais, uma investigação constatou a existência de um esquema no qual processos de licitação fraudulentos eram utilizados para desviar recursos públicos.

    A Polícia Federal afirma que as mesmas pessoas e empresas de fachada repetem um modus operandi neste esquema de condutas identificadas em 2015, quando a Polícia Civil identificou uma associação criminosa para desvio de recursos públicos de um município maranhense.

    “Após a referida operação policial, notou-se que o esquema criminoso não recuou, ao contrário, acabou crescendo exponencialmente nos anos posteriores, alterando, apenas, a origem da verba desviada – que passou a ser federal”, afirmou a PF, em nota.

    A PF alega que foi descoberto que as licitações de “vultosos contratos com a Codevasf” sempre eram vencidos por pessoas jurídicas ligadas ao grupo.

    “O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens em nome de terceiros, ainda possui contas bancárias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle”, acrescentou a PF.

    No total, 80 policiais federais participaram da operação. “Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão”, concluiu a PF.

    Procurada pela CNN, a Codevasf afirmou, em nota, que não teve acesso à decisão judicial que autorizou a operação policial, “mas colabora com o trabalho realizado pelas autoridades policiais e proverá suporte integral às investigações”.

    “A Companhia mantém compromisso com a integridade de suas ações e com a elucidação de fatos”, conclui o comunicado.