PF realiza operação de combate ao tráfico para Europa e África por navios
Investigação descobriu 4,6 toneladas de cocaína que iriam para Europa e 3 toneladas de haxixe que viriam para o Brasil
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), a Operação Narcopesca contra uma organização criminosa que atua na logística de transporte de grandes carregamentos de drogas em embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros, com destino a Europa e África. A investigação conta com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil.
Na ação, policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além do sequestro de imóveis, veículos, embarcações e bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas e pessoas jurídicas, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.
A CNN apurou que há prisões em Florianópolis (SC), Itajaí (SC) e Angra dos Reis (RJ).
Durante a investigação, a PF descobriu o envolvimento dessa organização criminosa no transporte de, aproximadamente, 4,6 toneladas de cocaína que iriam para Europa e 3 toneladas de haxixe que viriam para o Brasil.
A Polícia Federal também conseguiu relacionar alguns dos investigados em um flagrante, em 29 de fevereiro deste ano, que tentou inserir 21 quilos de cocaína no casco de um navio que partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.
As investigações tiveram início em decorrência de informações recebidas após a deflagração de uma outra operação, a Hinterland, de 31 março de 2023, também voltada à repressão do tráfico transnacional de drogas, por meio marítimo, da América do Sul para a Europa.
À época, 200 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal do Brasil cumpriram 534 ordens judiciais, incluindo 17 mandados de prisão preventiva, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, bem como na cidade de Assunção, no Paraguai.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de reclusão.
