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    PF prende delegado da Polícia Civil de AL acusado de atrapalhar investigações

    Promotores colheram mensagens em que ele falaria sobre o sumiço de documentos

    Elijonas Maiada CNN

    A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (18), em Maceió (AL), o delegado da Polícia Civil de Alagoas Daniel Mayer. Ele é diretor de Polícia Judiciária e acusado de atrapalhar as investigações de um homicídio que ele mesmo apurava.

    O caso em questão é o assassinato do ativista político Kleber Malaquias, em 2020. Ele era conhecido por denunciar políticos locais e foi morto em local público.

    A partir do crime, o delegado Mayer passou a investigar o caso, mas o Ministério Público de Alagoas encontrou inconsistências ao longo dos anos.

    O delegado foi denunciado pelo MPAL. Segundo apurou a CNN, os promotores acusam o delegado de sumir com documentos do caso e forjar provas para incriminar uma pessoa morta e “acobertar” os reais responsáveis.

    Por conta disso, o órgão pediu também o adiamento do júri popular que seria realizado na quinta-feira (19) , por causa da entrada de um novo envolvido no caso.

    O crime

    Segundo a denúncia do MPAL, o ativista político Kleber Malaquias foi atraído para um posto de combustíveis no dia do crime, 15 de julho de 2020, por volta das 10h30, a convite de um suspeito, que havia sido instruído por outro comparsa. Eles ficaram um tempo no local e, por volta das 14h, foram a um bar.

    Uma hora depois, Kleber pediu a conta e foi ao banheiro, sendo seguido por outro envolvido. No local, o autor do crime disparou contra a vítima.

    O crime ocorreu no dia do aniversário da vítima e teria motivação política. O Ministério Público já denunciou sete pessoas, entre policiais civis e militares.

    Kleber Malaquias era conhecido por denunciar crimes cometidos por políticos e outras autoridades. Segundo o MPAL, essa teria sido a motivação do homicídio, elaborado de forma minuciosa, contando com a adulteração de placa de veículos e a habilitação de linhas telefônicas para dissimular a comunicação entre os envolvidos.

    A CNN pediu posicionamento da PCAL e aguarda retorno. A reportagem busca a defesa do delegado.

    O MPAL e a PF dizem que as investigações continuam e por isso muitos detalhes do caso ainda são mantidos sob sigilo.

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