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    PF prende servidores da Receita e policial por desvio de itens apreendidos

    Os materiais, posteriormente, eram reinseridos no mercado informal

    Guilherme Rajãoda CNN

    Nove pessoas, incluindo quatro servidores públicos da Receita Federal do Brasil e um policial, foram presas na manhã desta quarta-feira (6) durante a Operação Entreposto, deflagrada pela Polícia Federal. Eles são acusados de utilizarem seus cargos para desviar e se apropriar de mercadorias apreendidas pelo órgão federal. Os materiais, posteriormente, eram reinseridos no mercado informal.

    Ao todo, 90 policiais federais e 16 integrantes da Corregedoria da Receita Federal trabalharam no cumprimento dos nove mandados de prisão, 15 mandados de busca e apreensão, três mandados de busca pessoal e 12 medidas cautelares, sequestro de 22 imóveis, 24 veículos e bloqueio de contas bancárias com o valor aproximado de R$ 37 milhões.

    Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria/RS, foram cumpridas em Santa Maria/RS, Pelotas/RS, Lajeado/RS, Braga/RS, Santo Augusto/RS e Chapecó/SC.

    As investigações iniciaram após a Superintendência da Receita Federal emitir um comunicado oficial à Corregedoria do órgão, o que gerou uma investigação criminal por parte da Polícia Federal. Durante o processo investigatório, foi demonstrado que os registros das apreensões eram fraudados, fazendo com que apenas uma parte do que realmente era apreendido ingressasse na Delegacia da Receita Federal.

    A reinserção no mercado informal acontecia e os servidores eram remunerados por comissão das vendas dos produtos. Os homens que trabalhavam nesse tipo de comércio, já contam com antecedentes pela prática de crimes de contrabando e descaminho.

    Além desses envolvidos, ainda foi comprovada a participação de um policial militar do setor de Inteligência no estado de Santa Catarina. Ele auxiliava na operacionalização das abordagens e prestava apoio na destinação dos produtos que eram desviados.

    Os acusados vão responder por peculato, facilitação ao contrabando ou descaminho, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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