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    PF investiga o desvio de remédios para crianças Yanomami em Roraima

    Agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão no estado; segundo as investigações, aproximadamente 10 mil crianças da comunidade indígena ficaram sem remédios

    Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão por suspeita de desvio de remédios de crianças Yanomami
    Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão por suspeita de desvio de remédios de crianças Yanomami Divulgação/Polícia Federal

    Vianey Bentesda CNN

    em Brasília

    A Polícia Federal (PF) cumpre nesta manhã desta quarta-feira (30), dez mandados de busca e apreensão no estado de Roraima por determinação da 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal.

    A operação foi batizada de Yoasi e investiga o desvio de remédios para o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. Segundo as investigações, aproximadamente 10 mil crianças ficaram sem os remédios.

    O inquérito foi instaurado após a PF receber um inquérito civil com a confirmação do Ministério Público Federal (MPF) de notícias divulgadas pela imprensa sobre a falta de medicamentos para malária e verminose na Terra Indígena Yanomami.

    O MPF conseguiu identificar que foram entregues em quantidade inferior ao adquirido pelo órgão o vermífugo albendazol.

    As suspeitas apontam que somente 30% dos mais de 90 tipos de medicamentos fornecidos por uma das empresas contratadas pelo Distrito Sanitário Yanomami foram entregues.

    Segundo a PF, com ajuda de agentes públicos, os recebimentos de entregas teriam sido fraudados e indicavam que o material todo foi entregue de acordo com o contrato.

    O empresário que é investigado por supostamente se beneficiar com o esquema, é alvo de outra ação e também é suspeito de desviar dinheiro público destinado ao tratamento da Covid-19 em Roraima.

    Os investigados podem responder pelos crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema de informação, cuja pena ultrapassa os 35 anos de prisão.

    “Yoasi”, nome dado para a operação, segundo os Yanomami, se refere ao irmão de Omama, que é responsável pela morte no mundo, segundo a cultura deste povo indígena.