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    PF investiga “estagiário infiltrado” que tentou entrar em diretoria de presídios federais

    Candidato a estágio teria acesso a dados pessoais de policiais penais e informações estratégicas de segurança

    Polícia Federal investiga caso de fraude na Senappen
    Polícia Federal investiga caso de fraude na Senappen Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Elijonas Maiada CNN

    A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) — responsável pelos cinco presídios federais que abrigam os líderes de facções criminosas — descobriu um “infiltrado” no processo de seleção para estagiar na pasta. Ele usou um documento falso para concorrer à vaga.

    No cargo, o estagiário teria acesso a dados sobre os funcionários do sistema penitenciário federal, informações de inteligência e questões de segurança dos presídios.

    Após a identificação, o candidato foi afastado e o caso enviado para a Polícia Federal, que agora apura se alguma informação chegou a ser repassada para as facções criminosas durante o processo seletivo.

    A Senappen é vinculada ao Ministério da Justiça e responde pelos presídios de Brasília, onde está o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Também é responsável pelos de Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

    A fraude foi constatada no mês passado, quando uma investigação feita pela Diretoria de Inteligência Penitenciária do MJ descobriu que o candidato havia apresentado a documentação falsa ao Centro de Integração Escola Empresa (CIEE), instituição responsável pelo processo seletivo.

    Segundo o Ministério da Justiça, a diretoria investiga a “vida pregressa” de todos os candidatos justamente para “verificar a moral inatacável e a reputação ilibada dos contratados.”

    Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais também afirmou que tem “o compromisso com a segurança em todos os processos de contratação, visando a prevenção de danos e potenciais ameaças adversas e dessa forma preservar a integridade do seu ativo mais importante, qual seja, o corpo de servidores e colaboradores que trabalham no órgão”. E que ele foi “desligado do processo de contratação antes da efetivação do seu contrato”.

    Veja também: Membros da máfia italiana forneciam armas ao PCC