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    PF investiga doleiro que movimentou U$ 114 milhões em esquema de câmbio ilegal

    As investigações começaram depois de uma abordagem realizada por policiais federais em novembro de 2019, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus

    Polícia Federal cumpre mandados da Operação Papel Carbono nesta terça-feira (12)
    Polícia Federal cumpre mandados da Operação Papel Carbono nesta terça-feira (12) Polícia Federal/Divulgação

    Carol Queirozda CNN

    A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (12), a Operação Papel Carbono, que investiga um suposto doleiro responsável por gerir um esquema de operações de câmbio não autorizadas.

    Estas operações, conhecidas como “câmbio paralelo” (troca de moeda estrangeira sem a devida documentação ou recolhimento de impostos) e “dólar-cabo” (transferência de dinheiro para o exterior sem o conhecimento do Banco Central), movimentaram ilegalmente a quantia estimada de U$ 114 milhões de dólares, segundo a PF.

    Os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de Manaus e São Paulo.

    A justiça também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens do investigado, totalizando R$ 428 milhões, incluindo a suspensão das operações da empresa envolvida e de outras 38 correspondentes cambiais.

    As investigações começaram depois de uma abordagem realizada por policiais federais em novembro de 2019, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Na ocasião, o investigado tentou ocultar a quantia de R$ 150 mil em espécie em uma mala.

    O dinheiro estava encoberto por revistas e papéis carbono, possivelmente como forma de esconder o conteúdo quando submetido à inspeção por raio-X.

    Durante a investigação, foi constatado que o investigado realizava operações de “câmbio paralelo” e “dólar-cabo”, trocando moeda estrangeira fora dos canais oficiais e sem a documentação necessária ou o recolhimento dos impostos devidos.

    Outro método utilizado era a realização de operações de câmbio simuladas, nas quais a entrega de moeda estrangeira era registrada em nome de pessoas falecidas ou que não residiam nas áreas de atuação das casas de câmbio ou suas correspondentes, a fim de ocultar a verdadeira origem e o real destino dos valores.

    Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de gestão fraudulenta, falsa identidade para realização de operação de câmbio, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

    A soma das penas para os crimes identificados pode alcançar até 32 anos de reclusão.