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    PF inicia operação contra grupos criminosos que usam carros funerários e caixões no transporte de drogas em MG

    Uso dos meios fúnebres para o transporte dos entorpecentes tinha como objetivo eliminar suspeitas e enganar agentes da segurança pública em eventuais abordagens

    Agentes da Polícia Federal durante operação que investiga grupos criminosos de usarem caixões e carros funerários para o transporte de drogas
    Agentes da Polícia Federal durante operação que investiga grupos criminosos de usarem caixões e carros funerários para o transporte de drogas Créditos: Polícia Federal

    Mateus Cerqueirada CNN

    em São Paulo

    A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (6) a operação “Ataúde”, em Governador Valadares (MG), com o objetivo de desarticular duas associações criminosas que usam carros funerários e caixões para o transporte de drogas ilícitas.

    A investigação concluiu que a primeira associação criminosa tem alcance de abastecimento do tráfico a nível nacional e suposto envolvimento com facção criminosa, e que realizava o transporte dos entorpecentes no interior de carros funerários e caixões. A segunda é especializada no comércio de drogas ilícitas, e também fazia uso dos meios incomuns para a distribuição dos entorpecentes.

    O uso dos meios fúnebres para o transporte das drogas tinha como objetivo eliminar suspeitas e enganar agentes da segurança pública em eventuais abordagens. Ao todo, foram apreendidos 135 quilos de entorpecentes com os criminosos em três ocasiões diferentes em Minas Gerais:

    • 10 kg de pasta base de cocaína e 48,5kg de crack no dia 27 de novembro de 2020, pela PM;
    • 50 kg de crack em novembro de 2022, pela Polícia Rodoviária Federal;
    • 27 kg de crack 30 de maio de 2023, pela PM.

    Na operação, foram cumpridos mais de 7 mandados de prisão, 20 mandados de busca e apreensão e bloqueio de 24 contas bancárias de suspeitos, nos municípios de Governador Valadares, Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Rio Manso e Pouso Alegre.

    A investigação apontou que um dos líderes dessas associações criminosas encontra-se preso e controla as atividades do transporte das drogas de dentro de um presídio. Ele foi condenado a 26 anos de prisão pelo crime de homicídio.

    Também foram apuradas pelos órgãos movimentações financeiras suspeitas que somam mais de 350 milhões de reais, alvo de investigação da FICCO.

    A operação é liderada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de Governador Valadares – MG, coordenada pela Polícia Federal, e composta pelas Polícias Civil, Militar e Penal, de Minas Gerais, com o emprego de mais de 100 agentes.