PF faz operação contra suspeitos de matar policial federal na Bahia
Duas pessoas morreram em confronto com agentes durante a ação nesta quarta-feira (29)
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (29) a operação “Temporal” na Bahia. Foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão contra a organização criminosa suspeita de matar o policial federal Lucas Caribé, em Salvador, no mês de setembro.
A PF conta com o apoio das Polícias Militar e Civil do estado da Bahia e, desde as primeiras horas da manhã, as equipes estão nas ruas de Salvador e região metropolitana para dar cumprimento aos mandados.
As investigações revelaram que a ordem para invasão do bairro de Valéria, que resultou no confronto e na morte do agente, partiu de uma liderança da facção que está presa há mais de um ano. A investigação aponta que mais de 50 criminosos “fortemente armados” participaram do crime.
Os investigados responderão pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 38 anos de prisão.
Suspeitos mortos na operação
Durante a ação, pelo menos duas pessoas morreram, segundo informações da PF à CNN. Um deles foi identificado como Pablio Henrique Barbosa Almeida, de 25 anos. Segundo a Polícia Civil, ele foi baleado após atirar contra as equipes da PF e do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Pablio foi socorrido e levado ao Hospital Menandro de Faria, mas não resistiu.
Com passagens por porte ilegal de arma de fogo e denunciado pelo Ministério Público Estadual por tráfico de drogas e associação criminosa, Pablio ostentava fotos com fuzil e submetralhadora nas redes sociais, além de liderar grupos para atacar rivais na região do Subúrbio Ferroviário, mais precisamente na região de Valéria.
Relembre o caso
O policial federal Lucas Caribé foi morto no dia 15 de setembro durante um confronto com facção na região de Valéria, em Salvador, na Bahia.
O policial participava da Operação Fauda, conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) da Polícia Federal (PF) e da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos.
Três dias a morte do agente, pelo menos nove pessoas morreram em confronto com as forças de segurança na Bahia. Na época, a Polícia Federal enviou duas equipes do Comando de Operações Táticas (COT) à Bahia.
Perfil do agente federal
Lucas Caribé ingressou na Polícia Federal em 2013, na PF do Pará, sendo inicialmente lotado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (Delepat) e, em seguida, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Passou a integrar, em 2019, a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia, sendo lotado, inicialmente, no Núcleo de Polícia Marítima (Nepom). Atualmente, estava no quadro de policiais do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), unidade especializada.