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    PF faz operação contra importação ilegal de medicamento “mais poderoso que Ozempic”

    A ação acontece nos estados de São Paulo e Maranhão

    Dayres Vitoriada CNN* , Em São Paulo

    A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (30), quatro mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e Maranhão com o objetivo de desarticular um esquema de importação ilegal de medicamentos para diabetes.

    Denominada “Operação Off Label”, a ação tem como alvo um grupo criminoso, formado por médicos e clínicas, que importam a medicação contra a doença no formato off label para emagrecimento. A prática off label consiste na prescrição de um medicamento fora das indicações aprovadas na bula do medicamento. 

    O medicamento importado ilegalmente pela quadrilha investigada é o Mounjaro. Em outubro do ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou este novo medicamento para tratar diabetes.

    Este fármaco se mostrou, em estudos, ser mais poderoso que o Ozempic para a perda de peso. A principal diferença entre os dois medicamentos está na composição, segundo especialistas.

    Apesar do uso da medicação ser aprovado Anvisa, o Mounjaro não é comercializado no país. Por isso, a importação do produto deve obedecer aos trâmites legais. 

    Segundo o órgão de policiamento federal, a operação decorre das investigações contra um brasileiro, preso neste mês, depois dele desembarcar de um voo de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com 32 caixas do medicamento para diabetes.

    Na ocasião, o homem tentou ludibriar o pagamento de impostos das medicações, no valor de quase trinta mil reais.

    Após análises de supostos laudos médicos e receitas apresentadas por ele às autoridades, foi comprovado que os documentos eram falsos e que a intenção do suspeito era comercializar a mercadoria no Brasil. 

    Somente no mês de julho, em decorrência da Operação Off Label, seis pessoas foram presas e 157 caixas do medicamento apreendidas, em um valor somado de quase R$ 400 mil reais.

    *Sob supervisão de Bruno Laforé

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