PF e Receita fazem operação contra produção clandestina e contrabando de cigarros
Ao todo, são cumpridos 40 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão no RS, no PR e em SP; organização teria faturamento mensal estimado em R$ 50 milhões
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Operação Tavares, da PF e da Receita Federal, desarticulou organização dedicada ao contrabando e à produção clandestina de cigarros • Divulgação/Polícia Federal
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Foram cumpridos 40 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo • Divulgação/Polícia Federal
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Também foram executados o sequestro de 56 veículos, 13 imóveis e valores em contas de até o valor de R$ 600 milhões • Divulgação/Polícia Federal
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Fábrica clandestina produziria cerca de 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de R$ 50 milhões • Divulgação/Polícia Federal
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Parte dos cigarros abasteceria o mercado clandestino do Uruguai e pontos de venda no Rio Grande do Sul • Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal realizam nesta terça-feira uma operação para desarticular uma organização criminosa que atuava no contrabando e na produção clandestina de cigarros.
A “Operação Tavares” apura, ainda, crimes de redução à condição análoga a de escravo, contra o meio ambiente e corrupção de menores.
Ao todo, são cumpridos 40 mandados de prisão e 56 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de São Paulo.
Também são executadas ordens judiciais para sequestro de 56 veículos, 13 imóveis e de valores em contas vinculadas a 23 pessoas físicas e jurídicas, até o valor de R$ 600 milhões.
Participam da operação 250 policiais federais e 60 servidores da Receita. A ação conta com o apoio da Brigada Militar e é acompanhada por Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho e por servidores do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
A investigação foi iniciada em 2020 para apurar a prática de contrabando de cigarros na região metropolitana de Porto Alegre.
Diligências identificaram a existência de uma organização criminosa estruturada para a produção clandestina de cigarros de marcas paraguaias em cidades do Rio Grande do Sul.
Há indícios de que a fabricação seria operada por trabalhadores cooptados no país vizinho e que seriam mantidos em condições análogas à escravidão.
Parte dos cigarros abasteceria o mercado clandestino do Uruguai e pontos de venda no Rio Grande do Sul vinculados a uma facção criminosa do estado.
A estimativa é que a fábrica clandestina produziria cerca de 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de R$ 50 milhões. Conforme projeção da Receita Federal, os impostos, se recolhidos, atingiriam R$ 25 milhões ao mês, somente em tributos federais (IPI, PIS e Cofins).