PF destrói 700 toneladas de maconha em operação na fronteira com Paraguai
Ação “Nova Aliança” durou duas semanas em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas do país vizinho
Uma operação de duas semanas da Polícia Federal (PF) em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai erradicou 234 hectares do tráfico de drogas, o equivalente a 700 toneladas de maconha pronta para o tráfico internacional de drogas em plantações no lado paraguaio da fronteira com o Brasil.
De segunda-feira passada (27) ao final desta quarta-feira (5), os policiais também destruíram 119 “acampamentos narcos”, que são estruturas montadas no meio da selva para a colheita, secagem e processamento da droga.
Para se ter uma ideia da área destruída, o total de hectares equivale a, em média, a 230 campos de futebol.
Houve, ainda, destruição de 1 tonelada e 200 kg de sementes e 89 parcelamentos de solo. Em cada etapa há mudança das localidades com base em trabalhos prévios de inteligência, com a condição de ser, sempre, na faixa de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Essa fase acontece na região paraguaia de Amambay, fronteira com o Mato Grosso do Sul, em Ponta Porã.
Agentes da PF avaliam que a operação deu um golpe de 20 milhões de dólares no crime organizado voltado ao tráfico de drogas, cerca de 100 milhões em reais.
Os dados obtidos pela CNN são da 44ª fase da operação Nova Aliança, da Coordenação de Repressão a Drogas, Armas, Crimes contra o Patrimônio e Facções Criminosas (CGPRE) da PF, que termina nesta sexta-feira (7).
Imagens obtidas pela reportagem mostram os agentes erradicando as chamadas “roças de maconha”, que são fazendas ou chácaras usadas para plantão ilegal de cannabis, a planta que dá origem à maconha e suas derivações.
O trabalho da PF também é feito de forma aérea, com helicópteros, a fim de localizar as grandes regiões de plantio na fronteira do Paraguai.
Segundo investigadores ouvidos pela CNN, a “Nova Aliança” é a maior operação policial de erradicação de plantios ilícitos de cannabis do mundo pelo total da área destruída.
O objetivo, contam os investigadores, é a desarticulação da cadeia do tráfico de drogas em sua origem, e a consequente descapitalização das organizações criminosas envolvidas. Para evitar que a droga chegue nas grandes capitais brasileiras.
