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    PF deflagra operação contra organização que cooptava funcionários de aeroportos para tráfico de drogas

    Policiais cumprem mais de 40 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão

    Lucas SchroederCarolina Figueiredoda CNN , em São Paulo

    A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Bulk, voltada à repressão do crime organizado e ao tráfico internacional de drogas.

    Policiais federais cumprem mandados expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal em Guarulhos (SP), dos quais 23 são mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão.

    As medidas acontecem, simultaneamente, nas cidades paulistas de São Paulo, Sorocaba, Guarulhos e Praia Grande. Também é cumprido um mandado em Portugal, determinado pelo Poder Judiciário, em virtude de difusão vermelha transmitida pela Interpol, após representação da PF.

    Foram determinados, ainda, o sequestro de todos os bens, imóveis e de veículos, bem como de todos os valores depositados em contas bancárias e aplicações financeiras em nome dos investigados. Esses recursos chegam a aproximadamente R$ 53 milhões.

    A investigação teve início em 2021 e, durante o período, foram apreendidos 887,5 kg de cocaína em nove ocasiões: três em Guarulhos (SP), dois em Portugal, um na Alemanha e três na Holanda.

    A organização criminosa atuava cooptando funcionários e prestadores de serviços de aeródromo para que introduzissem carregamentos de cocaína no interior de aeronaves comerciais que realizavam voos regulares, saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

    Para o êxito dessas ações criminosas, os grupos passaram a se organizar através de divisão de tarefas e responsabilidades, existindo uma coordenação hierárquica que atuava na parte externa do aeroporto e que seria responsável por adquirir e armazenar grandes quantidades de cocaína.

    Além de serem os proprietários da droga, toda a negociação em relação à quantidade, destino, especificação de voos e demais tratativas com os destinatários do entorpecente no exterior seria de responsabilidade exclusiva destes.

    Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de 10 a 25 anos de prisão.

    O nome da operação faz alusão a um dos compartimentos de carga de aeronaves comerciais de longo curso (bulk cargo), localizado no porão, próximo a parte traseira da aeronave.

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