PF cumpre mandados contra tentativa de obstrução de justiça em MG
Até o momento, três aparelhos de telefone e um computador foram apreendidos no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte


A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (24) a Operação Hangar, que tem por objetivo o combate à tentativa de obstrução de justiça. A investigação, que teve início no mês de abril, foi feita a partir de análises de informações coletadas na Operação Acrônimo.
As suspeitas de obstrução de justiça surgiram após a confirmação de que os investigados estavam monitorando os trabalhos da Polícia Federal. Caso sejam condenados, eles poderão cumprir até oito anos de reclusão.
O mandado de busca e apreensão, expedido pela 11ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, foi representado pela Polícia Federal, e cumpridos no Santo Agostinho, bairro de classe média da capital mineira.
Um dos alvos da operação é a residência do ex-comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, Helbert Figueiró de Lourdes, que atuou no governo de Fernando Pimentel. O coronel reformado é investigado por tentar embaraçar mandados judiciais da Operação Acrônimo.
Até o momento, três aparelhos de telefone e um computador foram apreendidos. As investigações continuam em andamento.
Operação Acrônimo
A Operação Acrônimo foi instaurada pela Polícia Federal (PF) para apurar esquemas ilegais que teriam beneficiado a campanha eleitoral de Fernando Pimentel em 2014, quando se elegeu governador de Minas Gerais pelo PT.
Segundo as investigações, empresas teriam pago vantagens ilegais durante o período em que o atual governador mineiro comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2011 e 2014.
Em troca, essas empresas seriam incluídas em políticas públicas ou conseguiriam obter empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é vinculado à pasta.
(Com informações da Agência Brasil)