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    PF cumpre 17 mandados em nova fase de operação contra envolvidos nos atos criminosos de Brasília; dois são presos

    Ordens expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são cumpridas nos estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal

    Julyanne JucáLéo LopesGustavo UribeThayana Araújoda CNN em São Paulo

    A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta sexta-feira (3), uma nova fase da Operação Lesa Pátria, que tem como alvos os suspeitos de envolvimento nos atos criminosos contra os Três Poderes do dia 8 de janeiro em Brasília.

    Nesta quarta fase da operação, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal (DF). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Até o momento, uma pessoa foi presa em Goiás e outra no estado de Rondônia.

    O preso em Goiás, segundo apurou a CNN, é o empresário Lucimário Benedito Camargo, conhecido como Mário Furacão.

    Ele gravou vídeo, enrolado em uma bandeira nacional, no interior do Palácio do Planalto no dia 08 de janeiro.

    Ele já foi presidente de uma entidade de lojistas em Rio Verde, em Goiás, e participava de protestos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) informou que um dos alvos de busca e apreensão é um policial legislativo do Senado.

    De acordo com o MPF, o objetivo é apreender “armas e outros materiais” que comprovem “violação de dever funcional” do policial, além de “omissão imprópria” por ter deixado de combater os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que invadiram o Senado.

    Fontes da PF relataram à CNN que o policial alvo da operação era o responsável por buscar as granadas de efeito moral na armaria e entregar aos policiais na linha de frente.

    PF cumpre 17 mandados em nova fase de operação contra envolvidos nos atos criminosos de Brasília
    PF cumpre 17 mandados em nova fase de operação contra envolvidos nos atos criminosos de Brasília / PF

    O agente foi denunciado ao STF e foi solicitado seu afastamento da função.

    “Também foram requeridos bloqueio de bens, impedimento de deixar o país e proibição de uso de redes sociais. Todos os pedidos foram acolhidos pelo relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes. O agente também está proibido de se aproximar do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal”, informou o MPF em nota.

    Também foi alvo de busca e apreensão uma advogada, que, segundo o MPF, teria recolhido aparelhos celulares de criminosos que atacaram as sedes dos Três Poderes, o que representa a possibilidade de obstrução de Justiça.

    Os investigados são acusados dos crimes de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou a PF.

    Operação Lesa Pátria

    A operação cuja quarta fase está sendo realizada pela PF nesta sexta foi deflagrada no último dia 20, com o intuito de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília

    A Operação Lesa Pátria é permanente, e conta com atualizações periódicas. Na última sexta-feira (27), foram expedidos 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão.

    A PF disponibiliza o e-mail denuncia8janeiro@.pf.gov.br para receber denúncias sobre os participantes dos atos criminosos.

    Um integrante da Polícia Federal (PF) disse à CNN que a Operação Lesa Pátria é a “primeira de muitas” contra golpistas e criminosos que participaram dos atos do dia 8 de janeiro. As informações são de Daniela Lima, âncora da CNN.

    O agente afirmou que não querem que “essa gente durma tranquila”, fazendo das ações um trabalho permanente.