PF conclui inquérito e aponta associação criminosa sobre drogas em avião da FAB
De acordo com o relatório enviado à Justiça Federal, a PF concluiu que houve associação criminosa de militares para realizar o tráfico de drogas
A Polícia Federal (PF) concluiu há cerca de dez dias o relatório com o resultado da investigação que apurou o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar drogas para o exterior. O conteúdo já foi encaminhado para a Justiça Federal, informação confirmada pela CNN na quarta-feira (31).
De acordo com o documento, a PF concluiu que houve associação criminosa de militares para realizar o tráfico de drogas. O relatório aponta que o sargento da Força Aérea Jorge Silva estava incumbido de recrutar pessoas junto à FAB, e essas atuavam como “mulas” levando a droga para fora do país, o caso do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso em 2019.
Já a mulher do sargento preso, Wilkelane Nonato, faria parte da quadrilha e teria sumido com aproximadamente R$ 40 mil após a prisão do marido. Outra pessoa envolvida, Marcos Daniel Gama ou “Chico Bomba” seria o dono da droga apreendida.
A PF afirma que a falta de colaboração de órgãos no exterior dificultou o processo de investigação, como a obtenção de material como áudios e celulares que não vieram para o Brasil.
O sargento Manoel Silva Rodrigues, que fazia parte dos 21 militares que integravam a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Tóquio, foi preso no Aeroporto de Sevilha, na Espanha, com cerca de 39 quilos de cocaína pura, acusado de tráfico internacional de drogas.
O ex-sargento Manoel Silva Rodrigues permanece na Espanha, onde foi condenado e cumpre seis anos de prisão. A CNN procurou os advogados dos envolvidos, mas não teve retorno até o momento.