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    Pessoas trans hoje ocupam lugares inimagináveis, afirma deputada Erika Hilton

    À CNN Rádio, a deputada ressaltou, no entanto, que ainda há muito o que avançar no País

    Amanda Garciada CNNRafael Câmara

    A deputada federal eleita por São Paulo Erika Hilton, do PSOL, avalia, neste mês da Visibilidade Trans, que há muito o que comemorar no movimento.

    Ela é a primeira mulher trans a representar o estado no Congresso Nacional e obteve a nona maior votação.

    Em entrevista à CNN Rádio, no CNN No Plural +, ela afirmou que “estamos avançando, de forma lenta e com resistência de parte da sociedade, mas ocupamos lugares antes inimagináveis.”

    “Seja na arte, cultura, política, música, temos que comemorar os passos que temos dado”, completou.

    No entanto, ela alerta que o “Estado ainda é omisso e negligente”, já que não há “políticas de defesa desta parcela da população, ou mesmo uma lei de identidade de gênero.”

    “O Congresso sempre silenciou essa população, as conquistas que temos foram no Judiciário”, lamentou.

    Por esse motivo, a deputada vê que há muito o que avançar nas políticas públicas destinadas à população marginalizada.

    Durante seu mandato, Erika Hilton afirmou que “saúde e educação são dois pontos bastante caros” a ela, e não apenas no universo LGBTQIA+.

    “Fui eleita deputada por São Paulo e quero discutir políticas que envolvam o estado, cidade e também o país, daremos prioridade para pessoas em situação de rua e o aumento da fome no Brasil, que estão relacionadas com a comunidade negra, mães solo e comunidade LGBTQIA+.”

     

    Inauguração de Centro de Referência

    A prefeitura de São Paulo inaugurou na semana passada o Centro de Referência de Atenção à Saúde de Pessoas Transexuais e Travestis.

    Erika disse que ficou feliz de ver um projeto pelo qual lutou sair do papel, e que considera a iniciativa “extremamente importante.”

    “Há lógica errada de que a saúde das pessoas trans é restrita a hormonioterapia ou cirurgia de redesignação sexual, quando na verdade somos grupo de especificidades comuns a qualquer pessoa e precisamos de olhar voltado para saúde integral.”

    Segundo a parlamentar, a expectativa é de que outros Centros usem São Paulo como exemplo e sejam abertos tanto no estado, quantos em outras localidades do Brasil.

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