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    Pesquisa indica que 26% das cidades de SP não retomarão aula presencial em 2020

    Levantamento da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo (Undime-SP) diz que 170 cidades só reabrirão escolas em 2021

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    Uma em cada quatro cidades no estado de São Paulo não deve retomar as aulas presenciais em 2020, indica estudo realizado pela União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo (Undime-SP).

    A pesquisa, feita na semana passada pela associação, recebeu resposta de 510 (79%) das 645 cidades do estado. Em entrevista à CNN, a presidente da Undime-SP, Márcia Bernardes, adiantou parte dos resultados.

    “Em 170 municípios [as aulas] não voltarão este ano. 33% dos municípios paulistas só retomarão as aulas em 2021”, disse Bernardes, em relação ao total de cidades que participaram da cidade. Ao se considerar todos os municípios do estado, essa porcentagem cai para 26,3%.

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    Ela afirmou ainda que 341 cidades, 52,8% do total estadual, ainda não tem previsão de retomar as aulas e que apenas quatro municípios, 0,6% do estado, já retornaram ou vão retomar as atividades presenciais nas escolas nos próximos dias.

    “Fizemos a pesquisa envolvendo todos os seguimentos porque hoje o retorno das aulas dependem do município. Perguntamos aos municípios se autorizarão o retorno das escolas públicas e das particulares”, disse a presidente da Undime-SP.

    Márcia Bernardes, presidente da Undime-SP e secretária de Educação da Prefeitura
    Márcia Bernardes, presidente da Undime-SP e secretária de Educação da Prefeitura de Atibaia (SP)
    Foto: CNN (18.set.2020)

    Dois anos de defasagem

    A dirigente da Undime-SP, que também é secretária de Educação de Atibaia, cidade no interior de São Paulo, disse ainda que quando as atividades presenciais forem retomadas o objetivo deve ser fazer um reforço escolar dos conteúdos que ficaram em defasagem.

    “No entanto, sabemos que essa defasagem abrangeu toda a comunidade escolar. Entendemos que esse trabalho de retorno vai levar o ano que vem todo e vamos ter dois anos para poder resgatar toda a defasagem de aprendizagem”, disse Bernardes.

    “Não vão ser nos poucos meses que restam para acabar o ano que vamos sanar todas as defasagens que ficaram das atividades remotas.”

    Apesar de aspectos negativos para a educação, ela acredita que a pandemia proporcionou muitas lições para o setor. “Uma das questões que ficou muito evidente é justamente o acesso às tecnologias no ensino público”, aponta.

    “Temos dentro da Base Nacional Comum Curricular a necessidade de trabalhar as competências digitais. No entanto, nunca foi dado o devido valor e hoje vimos a necessidade e importância dessas competências.”

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