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    Peeling de fenol: o que sabemos sobre a morte do empresário após procedimento

    Henrique Chagas morreu aos 27 anos depois de ter realizado o peeling no Studio Natalia Becker, na zona sul de SP

    Da CNN , São Paulo

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    O empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu pouco após realizar um “peeling de fenol” em uma clínica de estética na zona sul de São Paulo. O procedimento ocorreu no Studio Natalia Becker, que leva o nome da proprietária, de 29 anos, que está sendo investigada pela polícia.

    Segundo informado no Boletim de Ocorrência, o empresário começou a passar mal minutos depois de realizar o procedimento. Ele relatou ao companheiro ter sentido muitas dores durante a realização do “peeling de fenol”. Henrique queria aliviar as marcas de acne no rosto.

    Ele pagou à vista pouco mais de R$ 4 mil e estava acompanhado do marido. Segundo relato no boletim, equipes do Samu foram chamadas para o socorro, mas, apesar das tentativas de reanimação, o homem não resistiu.

    Veja abaixo detalhes sobre o caso:

    Quem era o empresário

    Henrique nasceu em Pirassununga (SP) a mais de duas horas da capital, onde morava e era proprietário da Meu Xodó, empresa de banho e tosa de pets. as redes sociais, Henrique se declarava “groomer”, como são chamados os profissionais especializados nos cuidados estéticos e de higiene de cães, gatos e aves, geralmente de modelos de exposição. Ele foi certificado por um curso na área em 2019.

    Tutores de cães cuidados por Henrique manifestaram o carinho pelas redes sociais: “meus bebês vão sentir falta de você, tio Rick”, homenageou uma tutora. Amigos e familiares também deixaram mensagens de luto. “Sem acreditar… descanse em paz”, publicou uma amiga da vítima.

    Quanto ele pagou pelo procedimento

    O empresário desejava há anos aliviar as marcas de acne no rosto e, para isso, buscou o Studio Natalia Becker.  Henrique saiu de Pirassununga, no interior de São Paulo, para conhecer a clínica que havia encontrado pelas redes sociais. Na visita, aderiu ao procedimento conhecido como ‘peeling de fenol’ e pagou à vista R$ 4.300. Na data do procedimento, o paciente pagou mais R$ 200.

    O que aconteceu com a médica

    A Polícia Civil tenta localizar a esteticista Natalia Fabiana De Freitas Antonio, 29 anos, responsável pelo procedimento estético. Natalia era influencer e se apresentava nas redes como Natalia Becker. Ela deixou a clínica após a ocorrência e, desde então, a polícia não tem informações sobre seu paradeiro

    O que diz o delegado

    Segundo o delegado Eduardo Luís Ferreira, do 27º DP de São Paulo (Campo Belo), o caso é tratado como homicídio. “Ontem [segunda-feira, dia 3], foi informado que ela [Natalia Becker] não estaria mais na clínica porque quando soube do episódio, teria passado mal e ido para um hospital. Indicaram dois prováveis hospitais para onde ela poderia ter ido – o próprio marido dela indicou –, mas nós estivemos lá ontem, voltamos hoje e, de fato, isso não aconteceu. Ela não esteve nesses hospitais onde disseram que ela teria ido”, afirmou o delegado.

    O que diz o marido da vítima

    De acordo com o boletim de ocorrência, Henrique passou mal após o procedimento. O marido dele relatou que conversou com o empresário enquanto ele se recuperava. Ele estava trêmulo e dizia estar com dores.

    “Após aproximadamente cinco minutos, Henrique apertou sua mão [do marido] e começou a respirar muito forte pela boca. Diante disso, gritou por socorro, ocasião em que Natalia e as funcionárias vieram socorrer Henrique. Natalia e as funcionárias acionaram o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], que constatou o óbito”, informa o boletim de ocorrência.

    Investigada não poderia realizar procedimento

    De acordo com o delegado do caso, Natalia não poderia realizar esse tipo de procedimento, já que não é médica. “O peeling de fenol não pode ser feito em uma clínica de estética”, afirmou. “O fenol é uma substância muito perigosa. Por isso que tem que ter um controle dentro do centro cirúrgico”, acrescentou.

    “Não houve, de fato, algum exame pré-procedimento para verificar as condições de saúde dele. E nem poderia fazê-lo, mesmo porque ela não é médica. Ela nem teria como pedir. A única coisa que ele disse que a vítima teria recebido foi um creme para passar momentos antes do procedimento. Nada mais. Ninguém procurou saber se ele tinha um problema de saúde ou se poderia ter algum problema advindo desse tratamento”, destacou o delegado.

    Publicado por André Rigue. Com informações de Fábio Munhoz, Renan Fiuza e Guilherme Gama.

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