Parada LGBT de São Paulo ocorre neste domingo pela internet
O tema deste ano é em defesa da democracia
A 24ª parada do orgulho LGBT de São Paulo, prevista para este domingo (14), na Avenida Paulista, teve que ser adiada por causa da pandemia do novo coronavírus. A solução encontrada pelos organizadores foi pensar em uma maneira de manter o evento, mesmo que apenas no ambiente virtual.
Inicialmente, a parada presencial foi adiada para 29 de novembro, no entanto, como os números de infectados pelo novo coronavírus não estão diminuindo, a orientação, até o momento, é que o evento não seja realizado até que se tenha uma vacina.
O slogan do movimento neste ano remete à resistência: “Sejamos o pesadelo dos que querem roubar a nossa democracia”. “A parada não é só um evento, é uma manifestação por direitos humanos”, explica o vice-presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Ricardo Viterbo, que espera que o mesmo número de manifestantes das paradas presenciais, esteja no evento de hoje, no ambiente virtual.
A vice-presidente de marketing da PepsiCo, Daniela Cachich conta que há três anos a marca apoia a parada de SP e criou um produto específico com o objetivo de doar 100% dos lucros para instituições que apoiem as causas da comunidade LGBT.
“Sabendo que, pela primeira vez, não iria acontecer a maior parada do mundo fisicamente, a gente presta um tributo à parada, hoje à noite, acendendo luzes de neon nas cores da bandeira.”
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Além da instalação, a marca vai lançar uma campanha digital de beijos virtuais que serão transformados em doações para dez instituições do Brasil. “Nosso objetivo é angariar um milhão de beijos para poder fazer a doação de um milhão de reais”.
O jornalista e idealizador do festival MixBrasil de Cultura da Diversidade, André Fischer explica que assim como as páginas da MixBrasil, outras instituições e pessoas físicas estão apoiando a parada.
“A gente sempre falou de direitos humanos, acho que desde o começo da parada, desde que existe uma comunidade organizada no Brasil, o movimento LGBT, a parada traz temas muito relevantes para a comunidade, e toda a sociedade, e esse ano não será diferente.”
“Aonde tiver um vulnerável, seja ele indígena, seja ele cigano, seja ele negro, a gente tem que estar defendo. As periferias, principalmente, que é onde está a maior parte da população que está em vulnerabilidade”, complementa Ricardo.
(Edição: Sinara Peixoto)