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    Papel da cultura escolar foi revisto pelo Brasil durante a pandemia, diz pesquisador

    À CNN Rádio, o diretor da Moderna Editora, Ivan Aguirra, afirmou que a valorização do professor e o envolvimento familiar foram destaque em uma pesquisa sobre a percepção de professores da rede pública sobre o ensino na pandemia

    Cleiton Borges/Secom/PMU

    Bruna Salesda CNN

    A partir de um “cenário de adversidade como o da educação na pandemia, foi possível encontrar alguns indicadores positivos”. Essa é a avaliação do diretor de Marketing Estratégico e Serviços Educacionais da Moderna Editora, Ivan Aguirra, em entrevista à CNN Rádio. 

    Aguirra foi responsável por coordenar uma pesquisa que revela a percepção de professores da rede pública brasileira sobre o ensino a partir da pandemia. O levantamento, feito pela Editora Moderna, foca em professores dos ensinos Fundamental 1 e Fundamental 2.

    A valorização da equipe docente é um primeiro destaque. “A queixa de falta de valorização do professor sempre foi um tema essencial, especialmente na rede pública”, contextualiza o diretor. “A pandemia não gerou um movimento de valorização, mas iniciou um olhar sobre a importância desse profissional no momento em que as escolas estavam fechadas.”

    Outro ponto é o envolvimento das famílias no processo de ensino. De acordo com Ivan Aguirra, “houve um maior movimento dos familiares para a compreensão do projeto político pedagógico das escolas”.

    Dessa forma, “ao longo desses dois anos, o papel de uma cultura escolar foi revisto pelo Brasil, com outros olhos para sua importância, principalmente na rede pública, com muitas famílias em situação de vulnerabilidade social.”

    Ao comentar sobre a lacuna que a pandemia gerou no processo de aprendizagem, Aguirra indicou que “a parte positiva disso é que se vê um começo de uma cultura avaliativa nas redes públicas”.

    Para ele, “diagnósticos como compreensão e estratégias de remediação, e de recomposição de aprendizagem, fazem parte de um processo de formação continuada. Todos estamos descobrindo como os fazer.”

    No fim, o resultado a que se chega é que a percepção dos professores caminha para políticas mais afirmativas em prol do ensino presencial. “Muitas competências são deixadas de lado no ensino remoto, principalmente para professores alfabetizadores, que trabalham com o lado motor do aluno.”

    Sobre as competências, Ivan afirmou que português e matemática são as mais citadas, mas que tantas outras como “ciências, história e geografia ficaram para trás”, influenciando até o desenvolvimento de competências socioemocionais. “Não é uma lacuna a ser recomposta a curto prazo”, finaliza.