Pandemia levou a retrocesso no ciclo de alfabetização no Brasil, aponta MEC
Índices de 2019 a 2021 divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Ministério da Educação mostram prejuízos em todas as etapas da educação básica, que voltou ao mesmo patamar de 2013
O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira (16), dados sobre a educação no Brasil entre 2019 e 2021, anos em que o país mais sofreu com a pandemia da Covid-19. De acordo com os índices, houve prejuízos em todas as etapas da educação básica, que voltou ao mesmo patamar de 2013 – isso significa um retrocesso de quase dez anos na qualidade de ensino do país.
A prova do sistema de avaliação da educação básica identificou que quase 40% dos alunos chegam ao quinto ano do ensino fundamental sem saber identificar figuras geométricas básicas, como quadrado, triângulo ou círculo. Em 2019, eram 30,3% estudantes nesta situação.
“As dificuldades foram diferentes nas escolas públicas e particulares. Elas pegaram com mais força as crianças em situação de vulnerabilidade, como era de se esperar, e as desigualdades educacionais aumentaram”, afirmou a especialista CNN Claudia Costin.
Segundo ela, a educação brasileira já estava “muito atrasada” antes da pandemia, com desigualdades educacionais “muito grandes”, mas a Covid-19 agravou a realidade do quadro educacional no país.
“Agora, nós temos que arregaçar as mangas e olhar com muita seriedade para a educação, caso contrário não vamos construir um Brasil mais desenvolvido, produtivo ou com maior equidade”, acrescentou.