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    Paes diz que desfile de Carnaval no Rio está mantido “se regras não mudarem”

    Prefeito do Rio disse que vai seguir recomendações do Comitê Científico sobre a festa na Sapucaí; reunião acontece nesta quarta-feira (12)

    Eduardo Paes recebe terceira dose da vacina contra o coronavírus
    Eduardo Paes recebe terceira dose da vacina contra o coronavírus Divulgação/Beth Santos/Prefeitura do Rio

    Isabelle SalemePauline Almeidada CNN Rio de Janeiro

    Apesar de alguns representantes dos comitês científicos que assessoram o governo do estado e prefeitura já terem se posicionado contrários à realização do Carnaval na Marquês de Sapucaí, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que ainda é cedo para barrar o desfile das Escolas de Samba.

    “Não dá pra ficar tratando do vírus para uma coisa que vai acontecer daqui a 50 dias. Se nós hoje, em ambientes restritos, permitidos que as pessoas se reúnam, se encontrem e celebrem, desde que comprovem com o passaporte da vacinação, nós temos que pensar nisso. Como é que está hoje, o que está acontecendo essa semana? Eu acho que esse deve ser o foco. Como não há nenhuma manifestação do comitê científico da prefeitura, que é o que ouço, nessa direção, nós vamos manter as regras. A não ser que eles mudem as regras. Se essas regras forem criar alguma óbice ao Carnaval, criarão óbice ao Carnaval, mas elas têm que valer para tudo. Não quero mais ficar debatendo um evento que vai acontecer daqui a 50 dias, quando eu tenho que tratar dessa semana. A gente entende, pelas regras atuais, que eventos onde você pode ter controle, exigir passaporte da vacinação e eventualmente testagem, eles não têm problema nenhum de acontecer”, afirmou o prefeito.

    A próxima reunião do comitê está marcada para a próxima quarta-feira (12). O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e membro do Comitê, Alberto Chebabo, informou à CNN que vai recomendar que não haja os desfiles. Na semana passada, o desfile dos blocos de rua foi cancelado, por falta de possibilidade de fazer controle sanitário no acesso do público, com a cobrança do passaporte da vacina, por exemplo.

    O Rio de Janeiro viu a taxa de positividade de Covid-19 alcançar 41% neste início de ano, resultado da entrada da variante Ômicron, que já se tornou predominante na capital fluminense. Mesmo assim, as medidas restritivas continuam sendo as mesmas de quando esse percentual era de 0,7%. O motivo é que a cepa não aumentou o número de internações pela doença.

    “Se nós hoje, em ambientes restritos, permitidos que as pessoas se reúnam, se encontrem e celebrem, desde que comprovem com o passaporte da vacinação, nós temos que pensar nisso. Como é que está hoje, o que está acontecendo essa semana? Eu acho que esse deve ser o foco”, disse o prefeito do Rio.

    Segundo o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, a situação está sendo analisada dia a dia. Novas medidas restritivas não estão descartadas. O mais importante, no entanto, de acordo com Soranz, é que a população siga as regras já impostas. Entre elas, que faça o uso inteligente da máscara. “Se está em ambiente aberto, mas há aglomeração, é preciso usar”, lembrou Soranz.

    Outra estratégia para impedir o aumento de casos graves da Ômicron e não precisar aumentar as restrições novamente é a dose de reforço. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 800 mil pessoas que já estão elegíveis para receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19 ainda não compareceram para tomar o imunizante. Nesta segunda-feira (10), o prefeito, que tem 52 anos, tomou a terceira dose durante a reabertura do posto de vacinação na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.