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    Padre é preso no Rio de Janeiro acusado de abusar sexualmente de duas crianças

    Defesa diz que prisão preventiva foi feita de forma precipitada, por não existir testemunhas que tenham presenciado a suposta conduta em questão

    Da CNN

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, preventivamente, na última segunda-feira (24), o padre Ramon Guilherme Pitilo da Silva Ramos, acusado de abusar sexualmente de duas crianças​, de 11 e 12 anos, respectivamente.

    Conforme os agentes, as vítimas frequentavam a Paróquia São João Batista, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da capital fluminense, em que Ramon Guilherme exercia o sacerdócio.

    Procurada pela CNN, a Arquidiocese do Rio de Janeiro afirmou que tomou conhecimento das supostas condutas impróprias atribuídas ao padre e, com o intuito de cooperar integralmente com as autoridades, o afastou de todas as suas funções “até que tudo seja esclarecido”.

    “Foi também aberta uma investigação interna, concomitante à atuação do Estado, buscando apurar as condutas atribuídas ao sacerdote”, explicou a entidade.

    A defesa do sacerdote solicitou um pedido de revogação da prisão preventiva e de precisão domiciliar, que foram negados pela juíza Priscilla Macuco Ferreira.

    Em sua justificativa, a magistrada explicou que o mandado de prisão está dentro do prazo de validade e que a defesa não comprovou o preenchimento dos requisitos previstos no artigo 318 do Código Penal.

    Em nota à reportagem, o advogado de Ramon Guilherme, Wallace Martins, disse que o “decreto de prisão preventiva é questionável em termos de sua legalidade, considerando que o padre possui residência fixa, está afastado de suas atividades na igreja e possui um histórico impecável sem antecedentes criminais”.

    “Além disso, a investigação ocorreu de forma açodada, decretando sua prisão preventiva de forma precipitada, uma vez que não existem testemunhas que tenham presenciado a suposta conduta em questão. Portanto, a prisão preventiva deve ser considerada excessiva e desproporcional nessas circunstâncias”, prosseguiu o defensor.

    *Publicado por Douglas Porto, com informações de Vinícius Bernardes e Thais Magalhães

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