Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Oscar” ambiental permitirá ampliação do reflorestamento no Paraná, diz pesquisador

    O engenheiro florestal Pablo Hoffmann foi um dos vencedores do Prêmio Whitley com trabalho pioneiro na proteção das araucárias

    Ricardo GouveiaBel Camposda CNN

    Em São Paulo

    O projeto comandado pelo engenheiro florestal Pablo Hoffmann conquistou o reconhecimento da entidade britânica Whitley Fund for Nature, que celebra anualmente iniciativas de conservação ambiental. O Prêmio Whitley rendeu 40 mil libras (o equivalente a quase R$ 250 mil) à ONG Sociedade Chauá, que atua na recuperação da floresta das araucárias.

    A mata, que já chegou a cobrir 40% do território do Paraná, hoje ocupa apenas 1%. O projeto localiza e mapeia essas árvores, coleta sementes e produzi mudas para o reflorestamento.

    Em entrevista à CNN Rádio, o engenheiro florestal e diretor-executivo da Sociedade Chauá explicou que há espécies de araucárias com menos de 2.000 indivíduos, correndo risco de desaparecer nos próximos cinco anos.

    Árvores que existem apenas em algumas regiões do Paraná se tornaram o foco do projeto, que agora conta com mais £ 40 mil (cerca de R$ 250 mil) no orçamento. “Esses recursos vão ser direcionados para as espécies que têm mais necessidade, além de engajar mais espécies, ter mais gente trabalhando e aumentar o impacto das ações para salvar esse ecossistema da extinção”, afirmou Hoffmann.

    O diretor executivo da ONG Sociedade Chauá alega que a expansão descontrolada do agronegócio continua sendo a principal ameaça à mata de araucárias.

    Hoffmann conta que a maior parte das áreas desmatadas no Paraná ao longo das últimas cinco décadas acabou convertida em terreno para plantações ou criação de animais. “A expansão das áreas agrícolas e de pecuária não permite a regeneração das florestas”, conta o engenheiro. “Isso acaba degradando não só as partes desmatadas, mas também os fragmentos que restaram, que ficam encurralados e sem comunicação com outros fragmentos”, explica.

    O engenheiro florestal lembra que o bioma no Paraná tem mais de 700 espécies de outras plantas com função no ecossistema, responsável por polinização e equilíbrio climático.