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    “Organização criminosa” comanda bloqueios em rodovias, diz procurador-geral de Justiça de SP

    À CNN, Mário Sarrubbo disse que pretende identificar quem está financiando os bloqueios nas estradas

    Gabriela CoelhoPedro NogueiraFlávio Coelhoda CNN

    O procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, Mário Sarrubbo, afirmou nesta terça-feira (8) que existe uma “grande organização criminosa” com funções pré-definidas, financiadores e arrecadadores, se referindo às obstruções nas rodovias do país.

    Para Sarrubbo, há empresários envolvidos no financiamento. Os nomes, entretanto, não foram divulgados.

    “Há movimento organizado, que começou com as estradas e agora foram para quartéis e estamos vendo. Há uma grande organização criminosa com funções pré-definidas, com financiadores e arrecadadores com mensagens de Pix e estamos estabelecendo quem exercia qual função. A ideia é derrubar essa organização”, afirmou.

    Segundo Sarrubbo, a ideia é colher informações e continuar os trabalhos de identificação.

    “São empresários que ainda não podemos falar, mas empresários estão financiando esses movimentos. Há uma questão financeira importante. Os movimentos são muito parecidos”, disse.

    O procurador afirmou ser favorável à manifestação, mas não se pode admitir a volta do AI-5 ou pedir que as eleições não sejam respeitadas.

    A declaração se deu após reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e os procuradores do Espírito Santo e Santa Catarina para discutir as investigações das obstruções nas rodovias e se houve financiamento.

    Além de Sarrubbo, estavam presentes o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Fernando Comin, e a procuradora-geral de Justiça do Espírito Santo, Luciana Andrade.

    A procuradora Luciana Andrade afirmou que, além dos movimentos de bloqueios de estradas e de movimentações centralizadas em algumas cidades, há um movimento também do empresariado na denominada “Lista de Schindler”, que é criar uma lista de pessoas e de empresários cujos consumidores não deveriam consumir produtos ou serviços.

    “A livre iniciativa do comércio não é algo que a gente não via há muitos e muitos anos. Isso também tem tido o olhar atento do Ministério Público como defensor da democracia e precisa ser repudiado por qualquer cidadão escada da brasileira. Empresários têm atuado diretamente em um trabalho análogo e bem simultâneo”, disse.

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