Operação que terminou na morte de chefe da milícia no Rio foi planejada há meses
Polícia Civil estava atrás de Wellington da Silva Braga, o Ecko
A operação da Polícia Civil que resultou na morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, considerado o criminoso mais procurado do Brasil e o maior chefe da milícia do estado foi planejada há meses.
Na semana passada, a polícia descobriu que ele estava na casa da mulher e dos filhos no bairro de Paciência, na zona oeste da cidade. Ele chegou por volta das 4h na casa e, poucas horas depois, a polícia fez o cerco. Ecko tentou fugir pelos fundos, mas um outro grupo de policiais o interceptou. Segundo a polícia, ele estava com um fuzil e houve troca de tiros, sendo baleado em um quarto da casa.
A Polícia diz que tentou levá-lo de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, mas ele chegou sem vida ao local. Ecko era foragido da Justiça e procurado por crime de homicídio. O Disque-Denúncia oferecia R$ 10 mil de recompensa.

O miliciano, que nunca foi militar, comandava o grupo conhecido como “Liga da Justiça”. Sua ascensão ocorreu após a morte de seu irmão Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos três pontes em abril de 2017. Segundo a polícia, ele lucrava através do tráfico de drogas e extorsões de comerciantes.
De acordo com investigações da Delegacia de Repreensão as Ações Criminosas organizadas (DRACO), o miliciano tinha uma aliança com traficantes da facção TCP (terceiro comando puro), que recrutava ex-traficantes para a sua quadrilha e permitia o comércio de entorpecentes na comunidade, e assim, dividiam os lucros das vendas.