“Operação Integration presta desserviço à nação”, diz Esportes da Sorte
Empresa afirma que diretores da companhia são vítimas de suposições da polícia
A empresa de apostas esportivas Esportes da Sorte publicou um novo posicionamento sobre a Operação ‘Integration’ da Polícia Civil de Pernambuco, neste domingo (8).
A ação policial investiga a bet por envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. Até o momento, 10 pessoas foram presas, incluindo a advogada e influenciadora Deolane Bezerra.
“A situação dos últimos dias deflagrada pela operação Integration presta um desserviço à nação e atenta contra o que deveria ser a sua finalidade: a verdade”, afirmou o diretor jurídico da companhia, Gabriel Oliveira.
O porta-voz disse que a empresa tem certeza de sua inocência e que o caso será lembrado como um episódio triste, desproporcional e irresponsável.
“O que está acontecendo advoga para o retrocesso do país. A irresponsabilidade com a qual nos deparamos rasgou o que se conhece sobre garantias fundamentais”.
O vídeo ainda cita os diretores da Esportes da Sorte como “vítimas dessas suposições”. Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da empresa, se apresentou à polícia e foi preso na última quinta-feira (5).
Segundo a instituição, a operação “atenta” contra milhares de empregos gerados pelo setor e “maculou” contra o sustento de pessoas comprometidas
A Esportes da Sorte enfatiza que é pioneira do jogo responsável e do cuidado com os nossos clientes e parceiros, além de lutar por regulamentação eficaz e segura.
Operação Integration
A ação cumpriu 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cinco estados na última quarta-feira (4). Entre os presos, estão Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Alves Bezerra.
Em uma carta aberta divulgada ontem (8), a advogada afirmou que é inocente e não há uma prova sequer sobre seu envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro.
Segundo a polícia, “a quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias”.
Deolane já havia negado participação na organização criminosa em depoimento à Polícia Civil de Pernambuco após ser detida. A defesa da influenciadora apresentou um habeas corpus, que ainda não foi julgado, e ela segue presa na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR).
Ao todo, a operação acarretou no bloqueio de R$ 2,1 bilhões. Entre os itens apreendidos, destacam-se aeronaves, carros de luxo e um helicóptero.
A investigação teve apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.