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    Operação causa prejuízo de 600 milhões ao crime na Amazônia, diz Exército

    Ação resultou na apreensão de drogas, armas, munições e outro destinado a atividades ilícitas

    Beto Souzada CNN

    A Operação Ágata Amazônia 2024 estima ter causado prejuízos de cerca de R$ 600 milhões ao crime organizado na Amazônia. A ação foi efetuada pelas Forças Armadas, em cooperação com órgãos de segurança pública e outras agências nacionais, no combate aos crimes transfronteiriços e ambientais na Amazônia Ocidental.

    A missão contou com a participação de mais de 1.500 militares da Marinha, Exército e Força Aérea, em conjunto com 56 agentes de 14 órgãos de segurança e agências civis, como a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Censipam, IBAMA, FUNAI, Receita Federal, ICMBio, Distrito Sanitário Especial Indígena, Ministério da Agricultura e Pecuária, Polícia Civil e Militar.

    Em 15 municípios do Estado do Amazonas e da tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru, a ação foi desenvolvida em uma área de operações de mais de 630 mil quilômetros quadrados, área equivalente ao território da Ucrânia. O prejuízo estimado aos agentes delituosos ultrapassa a marca de 600 milhões de reais, fruto das mais de 4 mil ações realizadas.

    A ação resultou na apreensão de 4,2 toneladas de pasta base de cocaína, 704 kg de maconha, além de armas, munições, motores, 11 mil litros de combustíveis e cerca de 2 kg de ouro, todos destinados a atividades ilícitas, segundo a FAB. Foram 120 embarcações neutralizadas, como balsas e dragas utilizadas em crimes ambientais e contrabando.

    Impacto social e ambiental

    Durante a operação foram apreendidos 4,1 kg de mercúrio, substância altamente tóxica. Cerca de 110 kg de mercúrio deixou de ser utilizada, com a neutralização das dragas do garimpo que contaminam os rios na região.

    A qualidade dos rios impacta diretamente a saúde e o bem-estar das populações ribeirinhas e comunidades indígenas, que dependem desses recursos para sua subsistência.

    As populações ribeirinhas e comunidades indígenas foram beneficiadas em ações cívico-sociais e de assistência hospitalar. Mais de 27,6 mil procedimentos médicos-odontológicos foram realizados, além a distribuição de 148 mil medicamentos. Cerca de 11 mil itens de higiene bucal, além de 150 toneladas de alimentos foram distribuídos.

    A FAB calcula que 320 hectares de floresta foram preservadas. Isso equivalente a 320 campos de futebol, evidenciando o impacto positivo da repressão ao garimpo ilegal.

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