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    Onda de calor sufocante dura até quando? Veja previsão

    Termômetros devem ficar 5°C acima da média em boa parte do país; confira as regiões afetadas

    Duda Cambraiada CNN

    Parte do Brasil sente os efeitos de uma potente onda de calor sufocante. O fenômeno deixa os termômetros 5°C acima da média e deve persistir pelo menos até o fim do verão, no dia 20 de março, segundo a Climatempo.

    Nessa primeira semana, entre os dias 11 e 15 de março, os locais mais afetados devem ser o oeste do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e noroeste do estado de São Paulo.

    Segundo a Climatempo, temperaturas de 37°C a 40°C já estão ocorrendo e ainda devem ser observadas até o fim da semana nestas áreas. Nesta sexta-feira (15), São Paulo terá temperaturas mínimas acima de 21º e máximas perto de 40º.

    Entre os dias 16 e 20 de março o mapa muda um pouco, já que a onda de calor se espalha. A área mais impactada segue para o Sudeste, atingindo todos os estados da região, além do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

    A porta-voz da Climatempo, Maria Clara Sassaki, explica que a onda de calor é quando a temperatura fica pelo menos cinco graus acima da média, por mais de cinco dias seguidos.

    O fenômeno é gerado por bloqueios atmosféricos causados por grandes sistemas de alta pressão atmosférica.

    Esse forte centro de alta pressão atmosférica que está sobre o Sul do Brasil essa semana, vai se mover gradualmente rumo ao Sudeste, estendendo a onda de calor até o fim do verão, no dia 20 de março.

    Confira o mapa da onda de calor do dia 11 a 15 de março:

    Veja regiões afetadas pela onda de calor entre os dias 11 e 15 de março / Reprodução/ Climatempo

    Confira o mapa da onda de calor do dia 16 a 20 de março:

    Veja regiões afetadas pela onda de calor entre os dias 16 e 20 de março / Reproduçã0/ Climatempo

    O que é onda de calor e como ela se forma

    A porta-voz da Climatempo, Maria Clara Sassaki, explica que a temperatura está relacionada com a umidade: “quando o ar está úmido, a temperatura fica mais baixa, e quando o ar está seco, o calor aumenta.”

    Ou seja, a onda de calor é consequência de uma massa de ar seco que é proveniente de bloqueios atmosféricos, mais comuns nos meses de inverno, mas que também podem acontecer no verão.

    “Um bloqueio atmosférico é uma circulação de ventos no alto da atmosfera, que impede o avanço de frentes frias do Sul para o Sudeste. Como as frentes frias transportam umidade, durante um período de bloqueio, essa umidade não chega no continente e, por isso, o ar seco ganha força e o calor aumenta”, explica a Sassaki.

    Maria Clara ainda aponta que a “culpa” não é só do El Ninõ, fenômeno que aquece as temperaturas da superfície dos oceanos no Pacífico oriental e central.

    “O El Niño potencializa os eventos severos, como as ondas de calor, porque deixa a atmosfera mais quente que o normal, mas também temos as mudanças climáticas que contribuem bastante para as alterações de padrão”, relata.

    Foto ilustrativa sol
    Onda de calor pelo Brasil / Pixabay

    Chegada do outono

    O mês de março marca a transição do verão para o outono no hemisfério sul com o equinócio de outono. Nessa época, os raios solares incidem de forma mais direta sobre a Linha do Equador por conta de uma inclinação no eixo da Terra em relação ao sol. Durante o fenômeno, os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de radiação solar.

    Isso acontece porque a quantidade de radiação solar recebida em uma determinada área da superfície terrestre é reduzida, por conta da angulação dos raios solares em relação à superfície. A consequência do fenômeno é a diminuição gradual da temperatura, marcando a chegada do outono. Em 2024, o equinócio de outono acontece no dia 20 de março.

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