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    Óleo encontrado no Nordeste em 2022 não tem ligação com o de 2019, diz governo

    Amostras indicam que o material coletado seria petróleo cru produzido no Golfo do México

    Pesquisadores mostram rastros do óleo em objetos tirados do mar em agosto de 2022
    Pesquisadores mostram rastros do óleo em objetos tirados do mar em agosto de 2022 PELD - TAMS

    Beatriz CarneiroTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    O governo do Brasil informou que os resíduos de óleo encontrados em praias do Nordeste em agosto deste ano não têm relação com o derramamento de 2019.

    De acordo com a nota, foram analisadas amostras de praias de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia.

    Além disso, três laboratórios verificaram o que foi coletado, incluindo as universidades federais de Pernambuco e da Bahia e o Laboratório de Geoquímica Ambiental Forense do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, da Marinha.

    “Há indicação de que houve um novo evento, cuja hipótese mais provável aponta para um incidente envolvendo petróleo cru, proveniente do descarte de água oleosa lançada ao mar, após a lavagem de tanques de navio petroleiro em alto mar”, diz o comunicado.

    Através da verificação do óleo encontrado em Boa Viagem, Paiva e Quartel, em Pernambuco, e Ondina, na Bahia, acredita-se que seja petróleo produzido no Golfo do México.

    Também é ressaltado que algumas das “pelotas” de óleo continham organismos conhecidos como “cracas”, crustáceos que vivem em águas abertas. A análise indicou que, devido ao tamanho dos organismos, o material coletado permaneceu mais de duas semanas à deriva antes de encalhar nas praias.

    Resultados compatíveis com 2019

    Ainda assim, algumas amostras coletadas nas praias de Itacimirim e Itapuã, na Bahia, tiveram “resultados correlacionávies com o óleo de 2019”.

    O governo apontou que o fato não significa que houve novo vazamento daquele incidente, mas que ainda existem resíduos do material nas areias ou fixados em rochas e recifes próximos ao litoral.

    Fiscalização

    Por fim, o texto observa que a Marinha do Brasil, através do Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul, contribui para a “coleta, análise e classificação do tráfego marítimo de interesse e acompanha, no momento, todo o processo referente a essa nova ocorrência”.

    O governo afirma ainda que o conjunto de informações de diferentes órgãos e laboratórios auxiliará “em futuro muito próximo” para incrementar a “estrutura existente para a identificação de possíveis navios infratores e autores de crimes ambientais que venham a ser cometidos”.

    Histórico

    Mais de 5.000 toneladas de óleo foram retiradas pelo Ibama de prais do Nordeste entre 2019 e fevereiro de 2020.

    Estima-se que cerca de R$ 188 milhões foram gastos pelo poder público para a limpeza das praias e oceano.

    Em dezembro de 2021, a investigação da Polícia Federal apontou um navio petroleiro de origem grega como sendo o responsável pelo vazamento do óleo no mar.

    *com informações de Gustavo Zanfer e Carolina Figueiredo, da CNN