OAB sugere medidas para combater violência doméstica durante isolamento social
Órgão recomenda prorrogação de medidas protetivas e criação de campanhas para divulgar canais de denúncia
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) encaminhou nesta quarta-feira (15) ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos algumas sugestões para combater o aumento da violência doméstica durante o isolamento social.
Entre elas, estão a prorrogação automática de medidas protetivas e a criação de campanhas para divulgar os canais de apoio. O órgão também recomenda que as Polícias Civis implantem delegacias digitais, para facilitar o recebimento de denúncias.
Nos ofícios, a ordem alerta que, durante este período, muitas mulheres estão confinadas junto de seus agressores. Além disso, o isolamento torna ainda mais difícil que amigos e familiares notem machucados, alterações comportamentais e até o sumiço dessas vítimas.
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A afirmação do órgão é sustentada por dados em vários estados brasileiros. No Rio de Janeiro, o número de atendimentos no Centro Especializado de Atendimento à Mulher dobrou em relação ao mesmo período no ano anterior. Em Curitiba, o número de ocorrências no primeiro fim de semana de isolamento cresceu quase 15% em relação ao fim de semana anterior, de acordo com a Polícia Militar.
O telefone para denúncias de casos de agressão contra as mulheres é o 180. O serviço é gratuito, nacional e funciona 24 horas por dia.