O que mudou no presídio de Mossoró após a fuga?
Modernização do sistema de videomonitoramento, reconhecimento facial e construção de muralhas estão entre medidas tomadas
A fuga de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça do Presídio de Mossoró no dia 14 de fevereiro foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal. Eles conseguiram escapar após abrir um buraco no espaço da luminária das celas em que eles estavam presos.
Os fugitivos foram recapturados nesta quinta-feira (04), após 51 dias de fuga. A prisão aconteceu na cidade de Marabá, interior do Pará, em uma ação sem nenhum tiro, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal. Após a prisão, Deibson e Rogério foram devolvidos para o Presídio de Mossoró, mesmo local de onde fugiram.
Com a fuga, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou a modernização do sistema de videomonitoramento dos cinco presídios federais e aperfeiçoamento do controle de acesso, inclusive com reconhecimento facial de todos que ingressam nas unidades prisionais. As medidas foram anunciadas pelo ministro Ricardo Lewandowski no dia 15 de fevereiro, um dia depois da fuga dos criminosos de Mossoró.
Outras mudanças foram anunciadas na ocasião: serão ampliados os sistemas de alarmes e sensores de presença nas unidades prisionais federais. O governo pretende ainda viabilizar, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), a construção de muralhas em todos os presídios federais, a exemplo do que foi feito no presídio do Distrito Federal.
Outra medida anunciada pelo ministro é a requisição para a nomeação de 80 policiais penais federais, aprovados em concurso público, para reforçar o sistema prisional federal. Parte do contingente será deslocado para Mossoró.
(*Com informações da Agência Brasil)