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    O Grande Debate: Passeio de jet ski de Bolsonaro foi inoportuno?

    Gisele Soares e Thiago Anastácio também abordaram o rodízio mais rigoroso em São Paulo para reduzir a circulação na cidade em meio à pandemia da Covid-19

    O Grande Debate da manhã desta segunda-feira (11) abordou o passeio de jet ski feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no sábado (9), dia da confirmação de mais de 10 mil mortos pela Covid-19 no Brasil.

    Durante o passeio, que não estava previsto na agenda, Bolsonaro se aproximou da embarcação de apoiadores e aproveitou para conversar com eles. Assim como o presidente, eles também estavam sem máscara, contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. 

    Mediador da edição matinal do debate, Reinaldo Gottino questionou os advogados Thiago Anastácio e Gisele Soares sobre a mensagem que o presidente quis passar com o passeio, e se a atitude foi inoportuna.

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    Gisele Soares fez questão de lembrar que Bolsonaro estava em dia de folga e manifestou preocupação com a Covid-19 na conversa que teve com os apoiadores no barco. Por outro lado, a advogada defendeu que o presidente tivesse falado à população no Dia das Mães. “Embora nesse passeio não tenha ocorrido aglomeração, o presidente realmente deveria ter manifestado às mães, em uma dia de comemoração da maternidade em que tivemos a revelação desses números tristes. Seria uma oportunidade importante de passar uma mensagem”, acrescentou.

    Thiago Anastácio classificou o passeio como “falta de respeito”. “Fosse um momento comum, ele estaria no final de semana e teria o direito absoluto de fazer o que fez. O problema não é andar de jet ski, mas estar na figura que deveria ser de liderança do país, fazer isso em um dia em que temos 10 mil mães chorando. Eu fico entristecido”, afirmou. “O problema é a mensagem de falta de solidariedade e respeito”, completou.

    Ouça na íntegra:

    Rodízio ampliado

    Gisele Soares e Thiago Anastácio também discutiram o rodízio mais rigoroso, que começou a valer nesta segunda-feira (11) na cidade de São Paulo. A medida foi adotada por conta da Covid-19, prevê a redução de 50% da frota na capital paulista e vai valer durante o dia todo. 

    Os carros com placas de final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9) só poderão circular nos dias ímpares. Os carros com placa final par (0, 2, 4, 6 ou 8) só poderão circular nos dias pares. Essa é a mudança importante em relação à regra anterior: o número da placar define quem deve circular. No modelo antigo, o número da placa definia restrição de circulação.

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    Gisele Soares condenou o novo rodízio. “Sou contra. Ao retirar as pessoas dos veículos particulares, onde normalmente estão sozinhas, elas vão achar uma solução se aglomerando em outros veículos ou usando o transporte público”, avaliou. “E aí surge a questão: se a pessoa for acometida pela Covid-19, de quem é essa responsabilidade?”, questionou.

    Thiago Anastácio disse entender que trata-se de uma ação para lidar com pessoas que não entenderam a gravidade da situação. “Não sou favorável nem contrário. Eu espero para ver o resultado. Sem dúvida nenhuma é uma tentativa dos governantes de tentar acertar alguma coisa, porque sabemos que a população está desobediente e desligada dos problemas que podem acontecer com a maior deflagração dessa pandemia”, defendeu.

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