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    “O Fenol não é o culpado”, afirma a vice-presidente do CFM sobre proibição do produto

    Conselho emitiu ofício nesta terça-feira (25), pedindo que a Anvisa reconsidere a decisão que proibiu a venda e uso da substância

    Rafael SaldanhaThiago Félixda CNN

    A vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, doutora Rosylane Rocha, disse em entrevista à CNN que “o Fenol não é o culpado por lesões em pacientes”, mas sim a prática indevida de pessoas que não são médicos.

    O CFM enviou um ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária nessa terça-feira (25) pedindo que a Anvisa reconsiderasse a proibição da compra, venda e uso do fenol no país. 

    “O Fenol é utilizado há décadas. Existem estudos científicos que comprovam sua segurança e eficácia no tratamento do paciente com a técnica adequada realizada pelo médico”, afirmou.

    A doutora reiterou que pessoas que não são habilitadas, nem legal nem tecnicamente, estão utilizando a substância de forma errada, o que causa lesões graves em pacientes.

    O empresário Henrique Chagas, de 27 anos, faleceu no dia 3 de junho minutos depois de passar por um procedimento estético conhecido como peeling de fenol.

    “Há 10 anos fazemos um levantamento e vimos que existem 10 mil ocorrências policiais com denúncias dos próprios pacientes que sofreram graves lesões por exercício ilegal da medicina”, compartilhou. Segundo Rosylane, os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e das polícias civis de 22 estados.

    A vice-presidente disse que a tragédia em São Paulo despertou uma situação que existe há mais de uma década. Ela ainda alertou para a necessidade de fiscalização das redes sociais sobre o conteúdo que pode ser acessado pela população.

    “Depois que as pessoas procuram os digital influencers, essas pessoas que se apresentam como doutores, pensam que estão sendo atendidos por médicos, muitas vezes em locais inadequados para os procedimentos. Não há limites para a apresentação desses procedimentos”, completa.

    A doutora ressaltou que o CFM pede à Anvisa que houvesse um controle da distribuição do Fenol apenas sob prescrição médica.

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