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    Novembro registra quase metade das denúncias de antissemitismo do ano, diz Conib

    Aumento no número de mensagens e conteúdos preconceituosos contra judeus teve início após o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, e a contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza

    Iuri Pitta

    A Confederação Israelita do Brasil (Conib) recebeu em novembro 777 denúncias de antissemitismo no Brasil, praticamente a metade de todos os casos ocorridos em todo o ano de 2023 até agora.

    O aumento no número de mensagens e conteúdos preconceituosos contra judeus teve início após o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, e a contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

    Como a CNN revelou, outubro já havia registrado uma alta próxima de 1000% nos casos de antissemitismo, na comparação com o mesmo mês do ano passado: foram 467 denúncias, ante 44. São fatos ocorridos principalmente em comentários e postagens em redes sociais, mas também em pichações e atos hostis ocorridos em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

    Com os quase 800 casos registrados no mês passado, 2023 já soma 1.693 denúncias recebidas pela Conib. Assim, os 777 registros feitos entre 1º e 27 de novembro representam 45,9% do total de todo o ano. Na comparação com o mesmo mês de 2022, a alta é de 847,6%.

    Mesmo a trégua da semana passada e a troca de reféns civis israelenses por palestinos detidos por Israel nos últimos anos não arrefeceu o volume de postagens preconceituosas nas redes, não só de caráter antissemita, mas também as consideradas islamofóbicas. Organizações ligadas à comunidade árabe e palestina no Brasil também têm acompanhado com preocupação a alta de casos.

    Atitudes desse tipo são consideradas crimes de preconceito no Brasil, e portanto são inafiançáveis e imprescritíveis – o autor da ofensa pode ser processado a qualquer momento.

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